Quais as medidas preventivas sobre Leishmaniose?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Devido a extensão do tema segue abaixo as medidas de prevenção da doença e em anexo o Manual de vigilância e controle da Leishmaniose Visceral (LV) do Ministério da Saúde onde se encontra ilustrações importantes tanto de cães como de humanos.

Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas de proteção individual devem ser estimuladas, tais como: uso de mosquiteiro com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite) em ambiente onde este habitualmente pode ser encontrado.

O controle da transmissão urbana da LV é laborioso e de resultados nem sempre satisfatórios a partir de uma única aplicação residual de inseticida. Portanto, outras medidas mais permanentes são indicadas como o manejo ambiental, através da limpeza de quintais, terrenos e praças públicas, a fim de alterar as condições do meio, que propiciem o estabelecimento de criadouros de formas imaturas do vetor.

Medidas simples como limpeza urbana, eliminação dos resíduos sólidos orgânicos e destino adequado dos mesmos, eliminação de fonte de umidade, não permanência de animais domésticos dentro de casa, entre outras, certamente contribuirão para evitar ou reduzir a proliferação do vetor.

A rotina de captura de cães errantes é essencial, especialmente em áreas urbanas, por ser fonte disseminadora de diversas doenças de importância médico-sanitária, entre elas a LV. Esta deverá ser realizada pelo município rotineiramente de acordo com as normas estabelecidas no código sanitário.

Em áreas com transmissão de LV humana ou canina, é recomendado que seja realizado previamente o exame sorológico canino antes de proceder à doação de cães. Caso o resultado seja sororreagente, deverão ser adotadas as medidas de vigilância e controle recomendadas pelo Programa.

Existe uma vacina contra a leishmaniose visceral canina registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, porém sem constatação de seu custo-benefício e efetividade para o controle de reservatório da leishmaniose visceral canina em programas de saúde pública.

Os canis de residências e, principalmente, os canis de pet shop, clínicas veterinárias, abrigo de animais, hospitais veterinários e os que estão sob a administração pública devem obrigatoriamente utilizar telas do tipo malha fina, com objetivo de evitar a entrada de flebotomíneos e conseqüentemente a redução do contato com os cães.

Em condições experimentais, diversos trabalhos demonstraram a eficácia na utilização de coleiras impregnadas com deltametrina 4% como medida de proteção individual para os cães contra picadas de flebotomíneos. Entretanto, para a sua adoção em programas de saúde publica, a fim de interromper o ciclo de transmissão doméstico, é necessária a implementação de estudos longitudinais que demonstrem sua efetividade como medida de controle.

Os artigos encontrados na literatura sobre este assunto possuem

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No Brasil, a Leishmaniose Visceral Humana, apresenta incidência de aproximadamente 2 casos por 100.000 habitantes, com distribuição nacional heterogênea. A taxa de letalidade está em torno de 7,4%, segundo o Ministério da Saúde (MS), porém, aumenta significativamente o número de casos humanos que podem evoluir para óbito quando não tratados.

Até o ano de 2008, no Rio Grande do Sul somente ocorriam eventuais casos importados de Leishmaniose Visceral. No final desse ano, a SES recebeu notificação do Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, de Leishmaniose Visceral em um cão proveniente do município de São Borja. No RGS ainda não possuímos cidades com surtos.

ASSUNTO(S)

promoção da saúde enfermeiro a78 hanseníase e outras doenças infecciosas ne doenças transmissíveis leishmaniose d - opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animais

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