Punção suprapapilar por agulha para acesso ao ducto biliar comum: perfil laboratorial
AUTOR(ES)
Artifon, Everson L. A., Paulo, Sakai, Cardillo, Guilherme Z., Ishioka, Shinichi
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-12
RESUMO
RACIONAL: A cateterização para acesso às vias biliares na colangiopancreatografia retrógrada pode apresentar dificuldades técnicas, sendo necessário freqüentemente efetuar-se papilotomia, procedimento não isento de complicações como perfuração e pancreatite OBJETIVOS: Demonstrar menor incidência de complicações a partir do perfil laboratorial, através de nova técnica desenvolvida, a punção suprapapilar MATERIAL E MÉTODOS: Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, 30 pacientes foram selecionados no período de julho de 2003 a agosto de 2004. Preenchidos os critérios de inclusão e exclusão, os pacientes, após explicação do protocolo e a assinatura do consentimento livre e esclarecido, foram submetidos a colangiopancreatografia retrógrada pela técnica de punção suprapapilar. Após o procedimento, foi feito seguimento com o paciente internado para avaliar possíveis complicações, bem como determinação dos níveis séricos da amilase, lipase e proteína C reativa nas 4 h, 12 h e 24 h subseqüentes e reavaliados 60 dias após. O estudo estatístico foi feito por análise de variância para medidas múltiplas e comparações múltiplas foram feitas por meio do teste de Wald RESULTADOS: O sucesso da técnica ocorreu em 93,4% (28/30) dos pacientes. Não foram observadas alterações estatisticamente significantes no perfil laboratorial. Complicações relacionadas à técnica de punção ocorreram em dois pacientes: um pelo não uso do fio guia e em outro por hemorragia, após dilatação da papila. Relacionadas ao procedimento, ocorreram duas perfurações retroduodenais: uma decorrente de punção e outra após passagem do cesto de Dormia pela fístula dilatada. Após seguimento de 60 dias, nenhuma complicação foi observada CONCLUSÃO: Punção suprapapilar permite procedimentos investigativos e terapêuticos sem aumento significativo da amilase, lipase e proteína C reativa. Na punção diagnóstica ocorre reepitelização completa da papila, enquanto na dilatação da fístula mantém-se a perviedade, porém sem complicações.
ASSUNTO(S)
pancreatocolangiografia retrógrada endoscópica pancreatite cateterismo hemorragia
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