PSICOLOGIA SOCIAL DE ADORNO: RESISTÊNCIA À VIOLÊNCIA DO MUNDO ADMINISTRADO

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-04

RESUMO

O objetivo deste ensaio é analisar o potencial político da psicologia social de Theodor W. Adorno; refletir sobre sua capacidade de opor resistência à violência típica do mundo administrado, cuja dimensão psíquica regressiva, semelhante à que serviu de sustentação para a instauração do horror nazifascista, nos impulsiona a investigar os atuais mecanismos psicossociais de dominação responsáveis pela integração dos indivíduos regredidos a condições de existência manifestamente contrárias à preservação racional da vida. O método adotado para esta análise consiste na ênfase no objeto desta psicologia social - desindividualizados átomos sociais pós-psicológicos - e na atualização de seu modelo de crítica. Conclui-se que a continuidade dos mecanismos de integração psicossocial responsáveis pela interceptação do processo de individuação repete a violência totalitária: a aniquilação do indivíduo autônomo. Diante dessa tendência histórica funesta, a psicologia social de Adorno impõe-se como práxis: convertendo-se em resistência à barbárie.

ASSUNTO(S)

teoria crítica psicologia social violência integração social.

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