Proveniência de minerais pesados e argilominerais em sedimentos de fundo do Lago Verde, um lago fluvial amazônico no Brasil
AUTOR(ES)
MENDES, Anderson C.; DANTAS, Ângela B.; RIBEIRO, Anne Caroline S.; SANTOS, Livaldo O.; MENDES, Kamilla C.; MORAES, Dorsan dos Santos; ALMEIDA, Rodolfo M.
FONTE
Acta Amaz.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-06
RESUMO
RESUMO Estudos de proveniência em rios amazônicos concentram-se principalmente em sedimentos suspensos, enquanto os processos que controlam a produção e distribuição de sedimentos de fundo ainda são pouco conhecidos. Sedimentos de fundo do Lago Verde foram estudados com o objetivo principal de determinar a proveniência sedimentar. Utilizamos técnicas de difração de raios-X em pó (DRX), espectroscopia no infravermelho com transformação de Fourier (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e catodoluminescência para analisar argilas e minerais pesados em 22 amostras. O Lago Verde tem forma em L, profundidade máxima de 5.5 m, com predomínio da fração lama sobre areia no centro do lago. Quartzo e feldspato foram dominantes na fração leve, e zircão, turmalina, cianita, rutilo e estaurolita na fração pesada. A fração argila foi dominada por caulinita, cuja morfologia e grau de cristalinidade indicam origem detrítica relacionada com ação intempérica. A Formação Alter do Chão (FAC), substrato do Lago Verde, é indicada como principal fonte dos sedimentos arenosos e minerais pesados, dada a semelhança mineralógica e percentual. A caulinita foi derivada da FAC, mas não como única fonte. Os rios Amazonas e Tapajós têm uma pequena contribuição para a proveniência da caulinita. A origem primária dos minerais pesados na FAC indica o embasamento da Bacia do Amazonas como rochas fonte, e esta formação funciona com fonte de sedimentos para o Lago Verde, a partir dos processos de intemperismo e erosão, sob condições tropicais atuais. A presença de Aulacoseira granulata e Aulacoseira ambigua indicou o papel importante dos processos erosivos atuais na produção de sedimentos.
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