Provável embolia letal por gás argônio durante ressecção de fístula cutânea biliar - relato de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Introdução: A Coagulação por Feixe de Argônio (CFA) promove hemostasia, mas pode levar a complicações na forma de embolia por gás argônio. Os fatores de risco para embolias foram identificados e os fabricantes de aparelhos de CFA desenvolveram diretrizes para o uso do dispositivo para impedir a ocorrência de embolia. Relato de caso: Paciente masculino de 49 anos com história de colangiocarcinoma recorrente pós-ressecção foi submetido à ressecção de fístula cutâneo-biliar. Logo após o início do uso do aparelho de CFA, o paciente apresentou parada cardíaca. Após o retorno da atividade cardíaca, a Eecocardiografia Transesofágica (ETE) detectou bolhas de ar no ventrículo esquerdo. Conclusões: Embora a embolia associada ao argônio seja mais frequentemente descrita durante laparoscopia, este paciente mais provavelmente apresentou embolia provocada pelo argônio durante cirurgia aberta para ressecção de fístula cutâneo-biliar, após o argônio ganhar acesso à circulação sanguínea através das vias biliares ou da veia biliar e possível passagem do êmbolo pela circulação pulmonar. Desta maneira, deve-se suspeitar de embolia por argônio, de forma judiciosa, durante o uso de CFA em procedimento cirúrgico laparoscópico, aberto ou cutâneo.

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