PROTOCOLOS CLÍNICOS PERIOPERATÓRIOS PADRONIZADOS NÃO SÃO REALIDADE NO BRASIL MESMO COM ALTA PREVALÊNCIA DE CÂNCER DE ESÔFAGO E ACALÁSIA

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

Racional: A adoção de protocolos padronizados por equipe multidisciplinar especializada no perioperatório de esofagectomia melhora a morbimortalidade da operação, porém envolve implantação de práticas por vezes custosas e mudanças de rotinas e filosofias arraigadas. Objetivo: Avaliar a ocorrência de protocolos padronizados e equipe multidisciplinar para esofagectomia no estado de São Paulo. Métodos: Foram contactadas instituições que realizam esofagectomias rotineiramente e questionadas a respeito da equipe envolvida no procedimento e a ocorrência de rotinas clínicas padronizadas no perioperatório dos pacientes. Resultados: Das 15 instituições respondedoras eram 10 (67%) públicas e cinco (33%) privadas; sete (47%) escolas médicas, seis (40%) com programa de residência e duas (13%) não acadêmicas. Estas realizavam em média 23 esofagectomias por ano. Nove (60%) instituiçoes possuíam equipe multidisciplinar especializada no pré-operatório e 11 (73%) no pós-operatório. Devido a existência de protocolos, foram adotados: mobilização precoce em 12 instituições (80%); alimentação precoce em 13 (87%); epidural rotineira em sete (47%), protocolo de analgesia em sete (47%), restrição hídrica em seis (40%), extubação precoce em seis (40%), tempo de hospitalização padrão em quatro (%) e tempo de UTI padrão em duas (13%) instituições. Conclusão: É baixa a ocorrência de protocolos padronizados e equipes multidisciplinares especializadas para esofagectomia no estado de São Paulo. Observa-se elevada prevalência de cirurgiões especializados e maior frequência de protocolos relacionados diretamente aos cirurgiões, em detrimento aos outros profissionais da equipe multidisciplinar.

ASSUNTO(S)

esofagectomia cuidados perioperatórios protocolos clínicos equipe multidisciplinar

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