Protest as a media, on the media and for the media: the visibility of claims / O protesto como mídia na mídia e para a mídia: a visibilidade da reivindicação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta pesquisa estuda as relações envolvidas na comunicação do protesto como resposta pública à determinada circunstância a que se faz oposição, dirigida a dois destinatários: àquele com o qual se faz a oposição e a um público terceiro, do qual se quer apoio. Procuramos compreender: o protesto como mídia, como estabelecimento de vínculos comunicativos; o protesto na mídia, analisando como a grande imprensa brasileira repercute essas manifestações e verificando os mecanismos utilizados na construção dessas notícias e o protesto para a mídia, compreendendo como os agentes de protesto organizam suas manifestações em busca da visibilidade na grande imprensa. Analisamos ainda como esses agentes interagem, buscando compreender as diversas relações possíveis. Investigamos como a mídia é capaz de pautar protestos e como pode ser pautada. Concluímos o trabalho com um estudo de caso, que aborda a comunicação de protesto do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Com esta pesquisa pretendemos dar subsídios para a compreensão do protesto, especialmente da forma como ele se dá e é repercutido no Brasil atual, buscando contribuir diretamente com jornalistas que se deparam com o tema e com agentes de protestos, reduzindo a barreira entre ambos. Percebemos, em nossa pesquisa, que há uma relação de re-alimentação entre grande mídia e agentes de protesto. A conclusão do trabalho é que a mídia interfere muito nos protestos, mas, ao contrário do que avaliações maniqueístas possam supor, os protestos também interferem na mídia. A pesquisa tem caráter interdisciplinar e toma por base a Teoria da Mídia desenvolvida na Europa Central, principalmente pelo teórico da Comunicação Harry Pross, da Universidade Livre de Berlim, e por Vicente Romano, da Universidade de Sevilha. Essa teoria tem escolhido como objeto cotidiano os processos de participação, seus meios e condições. A comunicação, nessa abordagem, participa nas produções da sociedade que repercutem em seus produtores, provocando efeitos que seriam inimagináveis sem a comunicação. Essa relação entre comunicação e cotidiano, a atenção dada tanto aos mecanismos quanto aos efeitos da comunicação, alterando ao mesmo tempo, o receptor, o meio e o emissor, e o vínculo entre o homem que comunica e o homem que é produto da comunicação formam nossa fundamentação. Priorizamos o estudo de grandes veículos de comunicação brasileiros, com captação no Estado de São Paulo. Os protestos avaliados foram, majoritariamente, realizados no Brasil. O material se refere especialmente ao período de desenvolvimento da pesquisa (2003 / 2005), utilizamos também material de arquivo, a partir da redemocratização brasileira

ASSUNTO(S)

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