Proposta de modelo experimental não-invasivo para indução de escoliose em ratos

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Physical Therapy

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/04/2012

RESUMO

CONTEXTUALIZAÇÃO: Encontram-se na literatura diversos modelos experimentais de indução de escoliose em ratos, porém evidencia-se o uso de drogas ou intervenções invasivas para a geração da curvatura escoliótica. OBJETIVOS: Projetar e aplicar um modelo de imobilização não-invasiva para a indução de escoliose em ratos. MÉTODOS: Ratos Wistar machos com idade inicial de quatro semanas (85±3,3g) foram divididos nos grupos controle (GC) e escoliose (GE). Os animais do GE foram imobilizados por dois cintos (escapular e pélvico) de policloreto de vinila (PVC), interligados externamente por um limitador que regulava o ângulo da escoliose durante 12 semanas, com convexidade à esquerda. Após a imobilização, os músculos abdominais, intercostais, paravertebrais e peitorais bilateralmente foram coletados para as análises químio-metabólicas. Os registros radiológicos foram realizados a cada 30 dias, num total de 16 semanas. RESULTADOS: O modelo foi eficiente e eficaz na indução da escoliose, mesmo após 30 dias da desmobilização, mantendo um ângulo estável de 28±5 graus. Quanto às análises químio-metabólicas, observou-se diminuição (p<0,05) nas reservas glicogênicas e na relação proteína total/DNA de todos os músculos analisados do GE, sendo menores (p<0,05) no lado da convexidade. Os valores do HOMA-IR indicaram um quadro de resistência à insulina (p<0,05) no GE (0,66±0,03) quando comparado ao GC (0,81±0,02). CONCLUSÕES: A curvatura escoliótica manteve-se estável após 30 dias da desmobilização, e as alterações químio-metabólicas sugeriram a ocorrência de modificações na homeostasia muscular durante o processo indutor da escoliose.

ASSUNTO(S)

escoliose musculoesquelético modelo não-invasivo

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