Propagação vegetativa e interação com endomicorrizas arbusculares em mirtáceas nativas do Sul do Brasil / Vegetative propagation and endomycorrizas arbuscular interaction in native myrtaceas from Southern Brazil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Na região Sul do Brasil existe uma grande diversidade de frutíferas nativas, dentre elas as pertencentes à família Myrtaceae que representam um patrimônio genético com potencial agronômico voltado à sustentabilidade de sistemas agrícolas e naturais, sendo uma alternativa de melhor utilização da propriedade rural proporcionando rentabilidade ao agricultor, além de ser uma grande fonte de vitaminas e compostos químicos importantes. O objetivo deste trabalho foi estabelecer metodologias e protocolos eficientes para a propagação vegetativa por estaquia, enxertia e micropropagação de Eugenia involucrata D.C., E. uniflora L. e E. brasiliensis Lam., identificadas em diferentes locais da Depressão Central do RS, além de identificar espécies autóctones de fungos micorrízicos arbusculares associados às suas raízes que venham a contribuir, futuramente, para o estabelecimento de tecnologias de produção de mudas dessas fruteiras. Também foram avaliadas as características físico-químicas de frutos de algumas matrizes destas mirtáceas cultivadas em diferentes locais. Dentre resultados obtidos na caracterização de frutos das espécies estudadas, foi encontrado um percentual médio de polpa de 85,7% e teores médios de vitamina C de 56,3 mg/100g de polpa. No tocante à propagação vegetativa pelo processo de estaquia não houve enraizamento dos diferentes tipos de estacas semi-lenhosas de E. involucrata D.C., E. uniflora L. e E. brasiliensis Lam., mesmo quando tratadas com diferentes doses de ácido indolbutírico (AIB). Já nos processos de enxertia, a garfagem no topo de fenda cheia se mostrou o melhor método de propagação das frutíferas dentro da mesma espécie (enxerto x porta-enxerto). Dentre as distintas formulações de meios nutritivos testadas no processo de micropropagação, o meio de cultura MS com metade da concentração de sais se mostrou mais eficiente para a propagação de E. involucrata D.C. Não foi possível propagar in vitro as espécies de E. uniflora L. e E. brasiliensis Lam. Um total de 27 espécies de FMAs foi identificado morfologicamente, distribuídas em seis gêneros, sendo Glomus e Acaulospora os mais representativos. Ao inocular-se E. involucrata D.C.com FMA, verificou-se uma eficiência dos fungos em acelerar o desenvolvimento das plantas, destacando-se Gigaspora margarita, Acaulospora sp. e Scutellospora heterogama, seguidas por Glomus etunicatum.

ASSUNTO(S)

myrtaceae reproducao vegetal propagação vegetativa

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