Promoting - Supporting breast feeding: binomial or antithesis? A characterization of the health professional work under the breast feeding woman perspective / Promoção - apoio ao aleitamento materno: binômio ou antítese? Uma caracterização das práticas do profissional de saúde na perspectiva da mulher no processo do aleitamento materno

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Os objetivos desta pesquisa constituíram-se em identificar, na perspectiva da mulher-nutriz, o que é apoio à amamentação e rituais da assistência em amamentação nos serviços de saúde, especificamente hospitais amigo da criança e equipes da saúde da família, que não são considerados apoio. Sob as lentes da integralidade, partimos dos pressupostos que uma prática se constitui em apoio à mulher que amamenta, a partir da identificação da necessidade expressa pela mulher; que práticas normativas, pré-estabelecidas podem não atender às necessidades da mulher na amamentação e que as formulações políticas acerca do aleitamento materno (AM) têm reforçado o paradigma hegemônico. Fizeram parte deste estudo todas as puérperas assistidas exclusivamente por equipes de saúde da família do Distrito Oeste no pré-natal e/ou puerpério e tiveram seus partos em instituições credenciadas como Hospital Amigo da Criança (HAC) do município de Ribeirão Preto. Para este estudo descritivo de abordagem qualitativa utilizamos o questionário e a entrevista semi-estruturada como estratégias de investigação. A partir do questionário obtivemos o seguinte perfil dos sujeitos investigados: Quanto aos dados pessoais, 10% eram menores de 18 anos, 10% estavam entre 18 e 21 anos, 10% entre 27 e 31 anos e 70% tinham entre 22 e 26 anos de idade. Quanto à escolaridade, 50% cursaram o ensino médio completo, 30% o ensino fundamental completo, 10% ensino médio incompleto e 10% ensino superior incompleto. Sobre o estado civil obtivemos, 40% casadas, 40% mantenedora de união estável, 10% solteiras e 10% divorciadas. Nos dados obstétricos, 50% eram primigestas, 40% secundigestas e 10% tercigestas, 70% tiveram parto normal e 30% parto cesária, 100% fizeram pré-natal, com média de 9,6 consultas. Sobre a internação, 80% das mães não tiveram contato pele a pele com seu bebê após o parto e 20% das mães tiveram o contato pele a pele, 100% dos bebês não mamaram na sala de parto. Quanto ao conhecimento das mulheres sobre a maternidade ser HAC, 60% sabiam e 40% desconheciam, 100% não souberam dizer o que é HAC, 80% das puérperas não procuraram o hospital após a alta hospitalar, 20% procuraram, por motivos relativos a dores nos pontos e choro/fome do recém nascido. Para os dados qualitativos utilizamos o método da Análise de Conteúdo, cuja organização dos dados permitiu eleger uma Unidade Temática - o Acesso, que foi sub dividida em outras duas sub unidades: Acesso a Estrutura Física e Acesso a Escuta. Por gerar ruídos, convergentes e divergentes, o Acesso a Escuta foi subdividido em: Escuta Ampliada, Escuta Formatada e Escuta Virtual. Ressaltamos o processo de transformação do modelo de atenção ao AM em movimento, no entanto o apoio à amamentação ainda é incipiente. Na perspectiva da integralidade no AM, a demanda complexa e singular da nutriz precisa ser escutada, valorizada, traduzida e atendida nos serviços de saúde, como fruto do trabalho solidário das equipes de saúde na sua produção de cuidado, o que remete a uma dimensão da integralidade a ser apreendida e incorporada.

ASSUNTO(S)

mudança de modelo aleitamento materno access integralidade model change acesso integrality breast feeding

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