Prolactinoma agressivo na infância relacionado à mutação no gene da proteína Aryl hidrocarbono (AIP)

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-11

RESUMO

O objetivo deste estudo foi descrever o rastreamento familiar para mutações AIP em paciente portador de prolactinoma agressivo e resistente na infância. Um menino de 12 anos foi avaliado com queixa de cefaleia e hemianopsia bitemporal. Apresentava peso e altura adequados para a idade (percentil 50), estádio puberal Tanner G1 P1 e idade óssea de 10 anos. Prolactina 10.560 ng/mL (3-25), FSH e LH indetectáveis, IGF-1, TSH, T4 livre, ACTH, e cortisol normais. A ressonância magnética de sela evidenciou macroadenoma hipofisário, 53 X 40 X 35 mm com compressão de quiasma ótico, invasão de seios cavernosos, envolvimento de carótidas internas e extensão para o clivus. Foi realizada descompressão cirúrgica por via transesfenoidal e caracterizada resistência a doses máximas de cabergolina, sendo o paciente operado por mais duas vezes e submetido à radioterapia. Realizou-se imuno-histoquímica para prolactina, ACTH, GH, FSH, LH, AIP, c-erb B2, Ki-67 e p53. O DNA genômico foi extraído do caso índice e de 48 familiares, e PCR e sequenciamento. Uma mutação A195V na AIP foi detectada no paciente e em cinco parentes assintomáticos. As mutações no gene da AIP podem estar envolvidas na predisposição à formação de adenomas, como causa ou cofator na patogênese de tumores agressivos em jovens.

Documentos Relacionados