Programas emergenciais de combate aos efeitos da seca no Nordeste: o que mudou da decada de 90?

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Este trabalho pretendeu analisar as diferenÃas entre os modelos de gestÃo dos programas emergenciais de combate aos efeitos das secas de 1998 e de 1993 no Nordeste. O interesse surgiu da escassez de estudos sobre o gerenciamento desses programas e pelos sinais detectados que permitiram supor a existÃncia de um diferencial inovador no programa de 98. Assim, buscou-se responder Ãs indagaÃÃes: ocorreram diferenÃas/mudanÃas? tais mudanÃas constituÃram inovaÃÃes ?; melhoraram o programa? Conforme percebido ao longo do trabalho, as mudanÃas nos nÃveis de cobranÃa da sociedade e a Reforma de Estado iniciada em 95 tiveram rebatimentos sobre o tema. Baseada nos conceitos relativos à Seca e à AvaliaÃÃo de PolÃticas PÃblicas foi proposta uma metodologia de anÃlise dos programas atravÃs de matrizes comparativas e de entrevistas com 31 stakeholders (SUDENE, CearÃ, ParaÃba e Pernambuco). Tentou-se averiguar as mudanÃas ocorridas e seu direcionamento. Para tanto, foram utilizadas caracterÃsticas tidas como âdesejÃveisâ a um melhor desempenho de programas dessa natureza. O que pÃde ser deduzido à que houve uma evoluÃÃo, num contexto em que mudanÃas gerenciais vinham sendo percebidas desde a seca de 1987. Embora o desenho dos dois programas seja semelhante, no de 1998 as estruturas propostas tiveram mais efetividade. Com relaÃÃo aos tipos de aÃÃo, a percepÃÃo das mudanÃas foi maior. Surgiram muitas idÃias que favoreceram uma maior transparÃncia, controle e articulaÃÃo com alguns desdobramentos no pÃs-seca. O destaque apontado em todos os relatÃrios, pesquisas e na fala dos stakeholders como a grande inovaÃÃo foram, na aÃÃo das frentes produtivas, as atividades de educaÃÃo e capacitaÃÃo, que contaram, entre outras, com parcerias de vÃrias ONGs nordestinas

ASSUNTO(S)

gestÃo efeitos das secas polÃticas pÃblicas administracao publica programas emergenciais

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