Programa Remédio em Casa: acesso, inatividade e risco cardiovascular

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/10/2016

RESUMO

RESUMO Objetivo: verificar causas de inatividade no Programa Remédio em Casa, referidas por usuários de Unidade Básica de Saúde de São Paulo, comparando-as às registradas pelo programa e analisando-as no modelo teórico Conceito de Acesso à Saúde. Métodos: estudo transversal entrevistando 111 usuários inativos; e documental, nos registros do programa. Resultados: metade dos usuários desconhecia a condição de inatividade. Constatadas discrepâncias nas informações usuário versus programa, observando-se diferentes níveis de concordância: Falta de médico e funcionário administrativo 0%; Transferência para outra unidade 25%; Óbito 50%; Opção desistir 50%; Mudança de endereço 57% e Mudança de esquema terapêutico 80%. Observados sentimentos de aceitação do programa pelos usuários. No conceito de acesso à saúde, a inatividade pode ser explicada na dimensão Informação, no grau de assimetria entre o conhecimento do paciente e do profissional de saúde, identificada pelos indicadores: escolaridade, conhecimento e fontes de informação. Conclusões: devido ao baixo nível de escolaridade, o usuário não assimila as informações sobre as etapas do fluxograma do programa, não retorna para a avaliação que garante sua continuidade. Consequentemente, para de receber medicamentos e permanece longo tempo sem tratamento, o que aumenta o risco cardiovascular dos hipertensos (92% da amostra), diabéticos (44%) e dislipidêmicos (31%).

ASSUNTO(S)

cooperação do paciente programas governamentais avaliação de programas e projetos de saúde saúde pública promoção da saúde

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