Produtividade volumétrica de clones de Eucalyptus spp. na região do Polo Gesseiro do Araripe.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/02/2012

RESUMO

A vegetação nativa da Região do Polo Gesseiro do Araripe se encontra em contínuo processo de degradação, devido à intensa utilização dos recursos florestais pelas indústrias do Polo Gesseiro do Araripe. Assim, tornam-se importantes estudos de plantios florestais de Eucalyptus spp. na região para serem usados como fonte de energia. Objetivou-se neste trabalho:comparar as produtividades de 15 clones de Eucalyptus spp. por meio da análise multivariada de medidas repetidas; modelar o crescimento volumétrico dos clones de Eucalyptus spp.; determinar a idade de rotação técnica; indicar quais entre os clones são os mais promissores para suprir as necessidades energéticas da região; comparar fontes energéticas utilizadas na região; realizar análise financeira comparativa e a ocupação territorial pelo clone de maior produtividade versus planos de manejo florestal sustentados (PMFS) da Caatinga. O experimento foi conduzido na Estação Experimental do Araripe do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Foram testados15 clones híbridos de Eucalyptus spp. (tratamentos) no espaçamento de 3m x 2 m, com quatro repetições e 25 plantas na área útil da parcela. Mensuraram-se as circunferências à altura do peito (CAP) e as alturas totais (Ht) dos clones, a partir de 12 meses de idade, e assim, sucessivamente, até os 90 meses quando o experimento foi cortado. As árvores foram cubadas rigorosamente pelo método de Smalian. Os modelos de crescimento usados foram: Mitscherlich, Brody, Bertalanffy, Chapman-Richards, Weibull, Clutter e Jones, Silva-Bailey e Brito-Silva. Pelo teste de Scott-Knott foram formados três grupos, sendo que o clone C39 apresentou o melhor rendimento volumétrico. Os modelos apresentaram bons ajustes para os grupos de clones analisados. A idade de rotação técnica (IRT) com base nos dados de incrementos volumétricos ficou em torno de 7 anos de idade. A análise financeira indicou ser viável economicamente e ambientalmente a implantação de florestas de rápido crescimento de Eucalyptus spp. para as quatro taxas de juros consideradas. A alta produtividade aliada ao menor tempo de rotação do Eucalyptus spp. em relação aos PFMS fazem desse gênero um grande potencial para ser usado na matriz energética da indústria do gesso, além de que indiretamente atenuará o processo de devastação da vegetação nativa pela oferta de madeira em menor espaço de tempo. Em termos de ocupação espacial, um hectare plantado com clones de Eucalyptus spp. corresponde a aproximadamente 3 hectares de PMFS da Caatinga.

ASSUNTO(S)

ciências agrárias crescimento florestal matriz energética ocupação espacial forest growth energetic matrix spatial occupation

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