Produção de mudas a partir de rizomas de Bambusa vulgaris sob irrigação com água salobra

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. eng. agríc. ambient.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-05

RESUMO

RESUMO Objetivou-se com este trabalho avaliar a influência da irrigação com água salobra na produção de mudas de bambu (Bambusa vulgaris). O experimento foi desenvolvido na Fazenda Experimental Piroás (4° 14’ 53” S, 38° 45’ 10” W, e altitude de 230 m), no município de Redenção, Ceará, no delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições. Os tratamentos foram constituídos de cinco condutividades elétricas da água de irrigação (CEa): 0,5 (testemunha); 1,5; 2,5; 3,5 e 4,5 dS m-1. Aos 120 dias após o início da aplicação dos tratamentos foram avaliadas: trocas gasosas foliares, índice relativo de clorofila (IRC), altura das plantas (H), produção de biomassa seca da parte aérea (MSPA), relação H/MSPA e teores de sódio e potássio nos caules e folhas. Com os dados de MSPA, H, fotossíntese e IRC foram calculados os índices de tolerância à salinidade. O incremento na CEa reduziu as trocas gasosas foliares, sendo a redução na taxa de fotossíntese provocada por causas estomáticas e não estomáticas. A salinidade afetou negativamente o crescimento e a qualidade das mudas de bambu, sendo os efeitos mais expressivos com valores de CEa iguais ou superiores a 2,5 dS m-1. Mudas de bambu apresentam retenção de Na+ nos caules e baixa relação Na+/K+ nas folhas. As mudas de bambu são tolerantes à salinidade até 1,5 dS m-1, sendo um indicativo que águas com esta salinidade podem ser utilizadas na produção de mudas desta espécie, sem perdas de crescimento e de qualidade.

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