Produção da subjetividade escolarizada em tempos de biopolítica: problematizando a cidadania

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/05/2011

RESUMO

A presente pesquisa, desenvolvida no Grupo de Pesquisa Saberes de Si, Linha de Pesquisa Filosofia e Educação, do Mestrado em Educação da FURB, é impulsionada por inquietações frente às modulações naturalizadas e legitimadas que, na atualidade, perpassam a escolarização. A instituição escolar passa por diversas reformas em que são enfatizadas novas metodologias de ensino, novos conteúdos programáticos, mudanças na estrutura física e na relação entre escolares. Pouco se questiona sobre a transformação da criança em aluno, a obrigatoriedade de tornar-se um escolar, a imposição da escola para todos e a escolarização em diversos espaços sociais. A subjetividade escolarizada pauta-se na modulação do cidadão escolar. A pesquisa repassa as estratégias disciplinares de escolarização para, em seguida, problematizar o dispositivo da cidadania, objeto desta pesquisa. Ante as subjetividades escolarizadas, aluno, professor, gestor, pai, merendeira, vigia, psicólogo, pergunta-se Como vamos constituindo-nos cidadãos escolares?Como o dispositivo de saber-poder da cidadania está presente nas atuais práticas discursivas escolares? Como pensar em outras possibilidades de educação, distintas da subjetividade escolarizada? Visando dar conta desses questionamentos e problematizar os dispositivos de produção da subjetividade escolarizada as ferramentas metodológicas e conceituais de Michel Foucault a arqueologia, a genealogia são utilizadas. Para problematizar a subjetividade escolarizada perpassam-se as práticas discursivas educacionais, investigando a disseminação e os efeitos de subjetividade do dispositivo de cidadania. Por fim, inquirem-se possibilidades outras, percorrendo outras vivências distintas da subjetividade escolarizada; utiliza-se assim, a genealogia da ética de Michel Foucault. O caminho percorrido indica que nas relações de poder há sujeições, mas também resistências, e aí, recorre-se ao cuidado de si, às práticas libertárias e à emancipação intelectual como possibilidade de saídas, ou ainda, linhas de fuga

ASSUNTO(S)

subjetividade escolarizada escolarização disciplina cidadania educacao prática de ensino; subjetividade; sociologia educacional subjectivity educated education discipline citizenship

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