Processos de substituição e variabilidade articulatória na fala de sujeitos com dispraxia verbal

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi analisar o papel das variáveis linguísticas na ocorrência dos processos de substituição na fala de sujeitos com dispraxia verbal (DV). Para isso, foi realizada a análise fonológica de sete sujeitos com idades entre 2:6 (anos:meses) e 4:2, com hipótese diagnóstica de DV. As ocorrências dos processos de substituições usuais e idiossincráticas, de assimilações e de variabilidade articulatória foram analisadas estatisticamente por meio do pacote computacional VARBRUL. A variável extensão da palavra foi estatisticamente significante para a ocorrência de assimilações e substituições não usuais, indicando que as variantes trissilábicas e polissilábicas foram as maiores favorecedoras de ocorrência desses processos. A tonicidade foi estatisticamente significante para a ocorrência da variabilidade articulatória e substituições usuais, sendo que o processo apresentou maior probabilidade de ocorrência em sílaba tônica e pós-tônica (sílabas dentro do pé métrico do acento), respectivamente. A classe de sons foi significativa para a realização de substituições usuais pelos sujeitos estudados, ocorrendo quando os segmentos são fonemas líquidos e fricativos. Por fim, a estrutura silábica foi estatisticamente significante para as substituições idiossincráticas. As posições de coda final e de onset simples medial foram as mais suscetíveis à ocorrência do processo. Os dados desta pesquisa sugerem que as substituições, de uma forma geral, tendem a ocorrer em palavras com mais de duas sílabas, em alvos líquidos e fricativos, dentro do pé-métrico do acento (em tônica e pós-tônica), em posição de onset simples medial e coda final.

ASSUNTO(S)

apraxias distúrbios da fala medida da produção da fala fonética linguagem infantil relatos de casos

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