Processo e resultado do cuidado pré-natal segundo os modelos de atenção primária: estudo de coorte

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/07/2019

RESUMO

Objetivo: avaliar indicadores de processo e resultado do cuidado pré-natal desenvolvido na atenção primária comparando os modelos de atenção tradicional e Estratégia Saúde da Família. Método: estudo de coorte, realizado com amostra intencional de 273 mães/bebês captados no período neonatal e acompanhados por um ano. Adotou-se referencial de avaliação de Donabedian e os dados foram discutidos a partir da Determinação Social da Saúde. A variável independente foi o modelo de atenção. As variáveis dependentes, na avaliação de processo, relacionavam-se à qualidade do pré-natal e ao escore de qualidade criado e, na avaliação de resultado, às condições de nascimento e primeiro ano de vida. A avaliação de processo foi realizada por estimativa do risco relativo e a de resultado, por Modelo de Regressão Múltipla de Cox. Resultados: foram identificadas menores rendas e risco de baixo escore de qualidade pré-natal nas Unidades de Saúde da Família, onde ocorreu mais consulta de puerpério e ações de educação em saúde. Não houve diferença nos indicadores de resultado. Conclusão: possivelmente, a melhor qualidade da atenção pré-natal foi capaz de minimizar efeitos socioeconômicos negativos encontrados na saúde da família, de modo que os indicadores de resultado foram semelhantes em ambos os modelos de atenção primária. Objective: to evaluate the process and outcome indicators of the prenatal care developed in primary care, comparing traditional care models and the Family Health Strategy. Method: this is a cohort study, conducted with an intentional sample of 273 mothers/babies from the neonatal period and followed up for one year. Donabedian evaluation was adopted and data were discussed based on the Social Determination of Health. The independent variable was the care model. The dependent variables in the process evaluation were related to the quality of prenatal care and to the quality score created and the evaluation of the outcome, to the conditions of birth and the first year of life. The evaluation of the process was performed by estimating the relative risk and the evaluation of the outcome was performed by the Cox Multiple Regression Model. Results: lower income and risk of the low prenatal quality score were identified in the Family Health Units, where there were more puerperium consultation and health education actions. There was no difference in outcome indicators. Conclusion: possibly the best quality of prenatal care was able to minimize negative socioeconomic effects found in family health, so the outcome indicators were similar in both models of the primary care.

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