PrivaÃÃo hÃdrica està associada ao aumento da resposta da dor na regiÃo cefÃlica em ratos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Fundamento: Os modelos experimentais para avaliaÃÃo e mensuraÃÃo da dor, em animais de laboratÃrio, envolvem preparaÃÃes cruentas, tais como, a injeÃÃo intracisternal de substÃncias irritantes ou microinjeÃÃes de fÃrmacos nas regiÃes intracerebrais. No estudo da dor, hà a necessidade do animal permanecer consciente, pois à atravÃs das alteraÃÃes no comportamento do animal que a intensidade da dor à avaliada. O modelo desenvolvido por ValenÃa et al.(2005) consiste em um mÃtodo, cujas vantagens sÃo a simplicidade e a utilizaÃÃo de animais nÃo anestesiados e que se movimentam livremente. Este mÃtodo permite observar as vÃrias mudanÃas no comportamento do roedor, de maneira que a intensidade da dor cefÃlica possa ser mensurada. Esse modelo à uma adaptaÃÃo do uso da formalina (indutor nociceptivo) na regiÃo do segmento cefÃlico do animal. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi avaliar a modificaÃÃo do padrÃo comportamental do animal apÃs o uso dos testes de injeÃÃo de formalina e de retirada da cauda imersa em Ãgua aquecida, apÃs permanecerem privados de Ãgua (desidratados). Um segundo objetivo foi analisar as alteraÃÃes eletrolÃticas e bioquÃmicas durante o perÃodo em que os animais permaneceram desidratados. MÃtodos: Para a primeira fase do experimento, soluÃÃes de formalina foram injetadas na regiÃo frontal subcutÃnea dos animais. Em seguida, analisamos as alteraÃÃes do comportamento do animal, em consequÃncia da presenÃa de dor na regiÃo cefÃlica, tais como: coÃar a cabeÃa, balanÃar a cabeÃa, vocalizaÃÃo e agitaÃÃo. Na segunda fase do experimento, o mÃtodo escolhido para avaliar o limiar de resposta a dor foi o teste de retirada da cauda apÃs ser aplicado um estÃmulo tÃrmico nociceptivo. Neste procedimento foi observada a resposta de retirada da cauda do animal quando imersa em um recipiente com Ãgua, cuja temperatura era mantida continuamente a 50ÂC (celcius). Resultados: Evidenciamos um aumento da alteraÃÃo comportamental em resposta a dor (nÃmero de vezes que o animal coÃa a cabeÃa â CC/minuto) mais acentuada nos animais desidratados em relaÃÃo ao outro (CC/min = 73.02  8.73, n = 12 vs 27.43  2.19, n = 12). Na segunda fase do experimento do experimento verificamos que a perÃodo de latÃncia da dor tinha sido reduzido no grupo desidratado (Tempo de latÃncia (s) = 1.32  0.1, n = 12 vs 3.65  0.12, n = 12). AlÃm disso, observamos que no grupo de animais desidratado a hemoconcentraÃÃo (Ht = 50,83  1,31 vs 32,75  3,08, Hb = 13,53  0,5 vs 10,08  0,9 ) e a osmolalidade ([Na+] = 172,41  10,8 vs 147,91  8,43; [K+] = 5,77  0,2 vs 5,21  0,55; [Ca++] = 11,8  0,59 vs 12,1  0,6) interferiram no comportamento da do dor animal. ConclusÃo: Os nossos resultados sugerem que a privaÃÃo hÃdrica (desidrataÃÃo) em animais de laboratÃrio induzem alteraÃÃes na hemoconcentraÃÃo e na osmolalidade plasmÃtica e estas podem estar associadas as alteraÃÃes comportamentais da resposta da dor cefÃlica, bem como reduÃÃo do perÃodo de latÃncia da dor

ASSUNTO(S)

experimental models privaÃÃo hÃdrica water-deprivation modelos experimentais headache dor cefÃlica fisiologia

Documentos Relacionados