Primeiramente, não causar dano: os riscos do excesso de medicações no tratamento da epilepsia na infância
AUTOR(ES)
Chuang, Eunice, Guerreiro, Marilisa M., Tsuchie, Sara Y., Santucci, Angelica, Guerreiro, Carlos A. M., Montenegro, Maria Augusta
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: Apesar do tratamento excessivo com drogas antiepilépticas (DAE) contribuir para a morbidade associada à epilepsia, muitas crianças ainda são submetidas a politerapia desnecessária. OBJETIVO: Avaliar se a retirada de pelo menos uma DAE em crianças com epilepsia refratária utilizando politerapia pode proporcionar melhor controle das crises epilépticas. MÉTODOS: Este foi um estudo prospectivo. Crianças com epilepsia refratária em uso de pelo menos duas DAE foram incluídas. Após assinatura do consentimento informado, uma ou mais DAE foram lentamente retiradas. As doses das outras DAE que não foram retiradas poderiam ser ajustadas se necessário, mas uma nova DAE não pode ser introduzida. RESULTADOS: Quinze pacientes foram avaliados, três eram meninas, com idades entre 3 e 18 anos (média=8,7). Após a retirada de pelo menos uma DAE, 2 (13,5%) pacientes ficaram livre de crises, as crises melhoraram em 5 (33,5%), não mudaram em 5 (33,5%) e a frequencia das crises pioraram em 3 (20%) pacientes. Os eventos adversos melhoraram em 12 patientes (80%). CONCLUSÃO: A retirada de pelo menos uma DAE é uma opção válida no tratamento de crianças com epilepsia refratária.
ASSUNTO(S)
epilepsia infância droga antiepiléptica tratamento excessivo
Documentos Relacionados
- Tratamento da epilepsia na infância
- Entre o risco e o dano: Redução de danos, redução de riscos e prevenção no Brasil e na França
- Cirurgia para controle do dano: uma revisão
- Depoimento sem dano: considerações jurídico-processuais
- A adesão ao tratamento da migrânea não depende do número de medicações prescritas