Preventive education in child development: sadness and the need to adopt actions that reduce vulnerabilities for "psychical education" / A educação preventiva no desenvolvimento da criança: o entristecimento e a necessidade de adoção de ações redutoras de vulnerabilidades para a "educação psíquica"

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta tese foi realizada tendo como método a pesquisa teórica, por meio de ampla revisão bibliográfica sobre a temática da prevenção nas escolas. O problema de pesquisa está ligado ao por que e ao para que se iniciar a educação preventiva, com crianças, nas escolas. E, ainda, sugere diretrizes para o direcionamento desta questão. As hipóteses da tese, são: 1) é necessário que a criança desenvolva a possibilidade de suportar experiências, frustrações, tristezas e satisfações, desde a infância conhecendo os necessários limites impostos pela vida, quando se pretende viver em sociedade, para que possa incorporar atitudes preventivas em sua vida. 2) Para incorporar atitudes preventivas ao longo da vida, é fundamental iniciar o trabalho e prevenção na infância. Incorporando essas atitudes preventivas ao cotidiano, por meio de trabalho educativo realizado desde a infância, o sujeito estaria mais apto a prevenir-se em relação ao uso de risco e à própria dependência de drogas psicotrópicas, ou em relação a outros comportamentos compulsivos, que também podem ser danosos à existência humana.Se, entendemos por prevenção educação, o longo e dedicado acompanhamento feito junto aos alunos, nas escolas (lugar ideal para este trabalho, por congregar pais, alunos e professores, sem muitos hiatos), na tentativa de ajudá-los, a partir do respeito, pelo próprio psiquismo, a ser exercitado desde logo; a partir do conhecimento da própria vulnerabilidade; a partir do princípio da redução de danos que, desconstruindo os modelos teóricos preventivos baseados em normas proibicionistas e atemorizadoras, ainda muito presentes nas escolas brasileiras, opta por um caminho difícil e realista, que respeita as possíveis opções danosas já feitas e vai, aos poucos, mostrando a realidade aos alunos, para que, no futuro possam fazer opções que lhes sejam menos prejudiciais que o uso de risco e a dependência de drogas psicotrópicas; para que deixem de lado outros comportamentos compulsivos, repetitivos e irrefletidos que não lhes permitem conhecer e enfrentar a própria realidade. Se, tudo isso é tão importante, por que negar tal oportunidade às crianças? Por que não começar por elas e dar-lhes esse apoio mais longo e eficaz, até a adolescência? Pois, pesquisadores respeitados demonstram que a criança tem capacidade de absorção da realidade em que vive, desde que não lhe seja, pelos adultos, escamoteada e até negada essa mesma realidade; desde que não lhe sejam passadas mentiras e não lhe seja desrespeitada a capacidade de pensar, mas, como entende a psicanálise, que desde cedo possa aprender a conviver com frustrações, limitações, tristeza, presentes no seu dia a dia; que possa aprender a lidar com o luto, com a angústia do não-saber e, assim, vá aprendendo a viver dentro da própria realidade. Nestes casos, conta-se ainda com a ajuda respeitável da abordagem lúdica. Todo esse quadro faz crescer a figura do professor que, apesar de tantas dificuldades, deveria ser preparado, desde os seus estudos, a assumir esse trabalho de respeito ao que acima ficou dito, quanto à vulnerabilidade e redução de danos dos alunos, usando ainda, sadiamente, o fascínio que exerce sobre esses e a transferência que permeia essa relação. A tese defendida comprova que a educação preventiva deveria iniciar-se, juntos às crianças, nas escolas. Realizada por meio de ações continuadas que possam reduzir os níveis de vulnerabilidade e aumentar a capacidade de tolerar as frustrações e as dificuldades da existência humana. É o caminho mais difícil, parece-me, mas só confio nele; quanto às dificuldades, estarão sempre presentes em nossas vidas, desafiando-nos

ASSUNTO(S)

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