Prevalência e susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcusspp. em quadros de saúde e doença periodontal

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e a susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcus spp. em quadros de saúde e doença periodontal, relacionando-as com fatores do hospedeiro, do meio ambiente local e próprios das doenças. Para tanto, foram selecionados 30 indivíduos adultos, entre 19 e 55 anos, que apresentassem sítios periodontais saudáveis, com gengivite crônica e/ou periodontite crônica, sem tratamento periodontal, e que não tivessem usado antibiótico ou antimicrobiano nos últimos três meses. De cada paciente foram coletadas 18 amostras de biofilme subgengival, sendo 6 por elemento dentário sorteado com as condições supracitadas. Com o auxílio de pontas de papel absorventes estéreis, tais amostras foram coletadas do sulco gengival ou bolsa periodontal, semeadas em Agar Manitol Salgado e incubadas a 370C por 48 horas. A identificação de Staphylococcus spp. se deu através da coloração de Gram, prova da catalase, susceptibilidade à bacitracina e prova da coagulase livre Após a identificação, as amostras foram submetidas ao teste de susceptibilidade a doze antimicrobianos, através da técnica de Kirby-Bauer. Para o estabelecimento da relação entre a presença de estafilococos coagulase-negativos, os níveis de infecção dos mesmos e os fatores do hospedeiro, do meio ambiente local e próprios das doenças, foram usados os testes do Quiquadrado, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para um nível de confiança de 95%. Quanto à prevalência de estafilococos coagulase-negativos, 86,7% dos indivíduos albergavam este microrganismo em 11,7% dos sítios periodontais, sendo distribuídos em 12,1% entre os saudáveis, 11,7% com gengivite crônica, 13,5% com periodontite crônica leve, 6,75% com periodontite crônica moderada e nenhum sítio com periodontite crônica severa (p=0,672). Não houve associação significativa na freqüência de isolamento ou nos níveis de infecção de ECN com fatores do hospedeiro, do meio ambiente local e próprios das doenças. Dentre as 74 cepas isoladas de ECN, a maior resistência observada neste estudo foi à penicilina (55,4%), eritromicina (32,4%), tetraciclina (12,16%) e clindamicina (9,4%). Cinco vírgula três por cento das cepas foram resistentes à oxacilina e à meticilina. Nenhuma cepa apresentou resistência aos antibióticos ciprofloxacina, rifampicina e vancomicina. Conclui-se, portanto, que os estafilococos estão presentes em baixos números em sítios periodontais saudáveis e doentes numa proporção equivalente. Porém, uma tendência foi observada em relação ao decréscimo de sua ocorrência em quadros mais avançados da doença periodontal. Essa baixa prevalência de SCN não esteve associada a nenhum a das variáveis testadas nesse estudo. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos demonstrou um a elevada resistência à penicilina, porém uma baixa resistência à meticilina. Para a eritromicina, tetraciclina e clindamicina foi encontrada uma resistência significativa

ASSUNTO(S)

subgengival subgingival biofilme periodontitis periodontite staphylococcus gengivite biofilm gingivitis. odontologia social e preventiva staphylococcus

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