Prevalência e fatores de risco associados à sibilância no primeiro ano de vida

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

OBJETIVO: verificar a prevalência e fatores de risco associados à sibilância em lactentes no primeiro ano de vida.MÉTODOS: estudo transversal, onde foi aplicado o questionário padronizado e validado (Estudio Internacional de Sibilancias en Lactantes-EISL) aos pais de lactentes com idade entre 12 e 15 meses que procuraram 26 das 85 unidades de atenção básica, no período 2006 a 2007. A variável dependente, sibilância, foi definida utilizando os seguintes padrões: ocasional (até dois episódios de sibilância) e recorrente (três ou mais episódios). As variáveis independentes foram apresentadas usando distribuição de frequências, utilizadas para comparar os grupos. As medidas de associações foram baseadas em razão de chances (odds ratio-OR), com intervalo de confiança de 95% (IC95%), com análise bivariada, seguida de análise multivariada (OR ajustada).RESULTADOS: um total de 1.029 (37,7%) lactentes apresentou sibilância nos primeiros 12 meses de vida e destes, 16,2% tiveram sibilância recorrente. Os principais fatores de risco associados à sibilância foram: história familiar de asma (ORa = 2,12; IC95%: 1,76-2,54); seis ou mais episódios de resfriado (ORa = 2,38; IC95%: 1,91-2,97) e pneumonia (ORa = 3,02; IC95%: 2,43-3,76) e sibilância recorrente foram: asma na família (ORa = 1,73; IC95%: 1,22-2,46); início precoce de sibilância (ORa = 1,83; IC95%: 1,75-3,75); sintomas noturnos (ORa = 2,56; IC95%: 1,75-3,75); mais de 6 resfriados (ORa = 1,83; IC95%: 1,75-3,75)CONCLUSÃO: os principais fatores de risco associados à sibilância foram as infecções respiratórias e história de asma na família. Conhecer os fatores de risco dessa enfermidade deve ser uma prioridade para a saúde pública, que poderá desenvolver estratégias de controle e tratamento.

ASSUNTO(S)

prevalência fatores de risco estudos transversais lactente

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