PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS ÀS LESÕES EM CORREDORES AMADORES: UM ESTUDO TRANSVERSAL

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-06

RESUMO

RESUMO Introdução O evidente aumento do número de pessoas que escolhem a corrida como forma de exercitar o corpo tem sido associado à maior prevalência de lesões musculoesqueléticas. Objetivos Verificar a prevalência e os fatores que possam estar associados às lesões em corredores amadores da cidade de Recife-PE. Métodos Estudo observacional do tipo transversal, no qual 300 corredores amadores responderam a um questionário sociodemográfico, além de questões sobre características do treinamento, tipo de pisada e aterrissagem e histórico de lesões relacionadas à corrida. Os dados foram analisados pela estatística descritiva; para a comparação entre médias, foi usado o Teste t de Student e para a comparação de prevalências, o teste do qui-quadrado. Resultados A prevalência de lesões em corredores amadores de Recife-PE foi de 58,5% (n = 175), sendo o joelho a região mais acometida (37,3%). Nos grupos corredores com lesão e sem lesão, a maioria dos participantes era do sexo masculino, respectivamente, 72,4% e 72,6%. Não houve diferença quanto à frequência semanal de treinamento entre os grupos (p < 0,63). Ao contrário, os corredores com histórico de lesão treinaram em média 7 quilômetros/semana a mais do que os corredores sem lesões (p < 0,03). O tipo de pisada neutra (F = 0,87; p = 0,99) e a aterrissagem com retropé (F = 4,13; p = 0,90) foram os mais referidos pelos corredores em ambos os grupos. Foi verificado que o desgaste foi o principal critério utilizado para trocar de tênis em ambos os grupos (F = 8,35; p = 0,4). Conclusões Houve alta prevalência de lesões musculoesqueléticas em corredores amadores de Recife-PE. Entre os fatores associados às lesões, uma variável mostrou-se significante: maior volume de treino semanal. Nível de Evidência: II; Tipo de Estudo: Transversal.

Documentos Relacionados