Prevalência e fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo: metanálise de estudos epidemiológicos brasileiros
AUTOR(ES)
Pereira-Santos, Marcos, Santana, Moema de Sousa, Oliveira, Denise Santana, Nepomuceno Filho, Renato Aleixo, Lisboa, Cinthia Soares, Almeida, Leila Magda Rodrigues, Gomes, Daiene Rosa, Queiroz, Valterlinda Alves de Oliveira, Demétrio, Fran, Oliveira, Ana Marlúcia
FONTE
Rev. Bras. Saude Mater. Infant.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-03
RESUMO
Resumo Objetivos: sumarizar estudos brasileiros que analisaram os fatores de risco para interrupção do aleitamento materno exclusivo (AME) antes dos seis meses de vida da criança. Métodos: revisão sistemática e metanálise de artigos indexados na base de dados Bireme, Scielo e Pubmed, publicados no período de janeiro 2000 a dezembro de 2015. Resultados: 22 artigos foram incluídos na metanálise. Observou-se que os fatores relacionados ao recém-nascido como o baixo peso ao nascer (OR= 1,17; IC95%: 1,05-1,29), sexo feminino (OR= 1,09; IC95%: 1,04-1,13) e uso de chupeta (OR= 2,29; IC95%: 1,68- 2,91) foram os principais fatores de exposição responsável pelo aumento da ocorrência de interrupção do AME. No que se refere aos fatores de exposição relacionados à mãe, a idade materna inferior a vinte anos (OR= 1,22; IC95%: 1,12-1,33), a baixa escolaridade (OR=1.28; CI 95%: 1,11-1,45), a primiparidade (OR= 1,17; IC95%: 1,02-1,32), o trabalho materno no puerpério (OR= 1,26; IC95%: 1,11-1,41) e a baixa renda familiar (OR= 1,22; IC95%: 1,08-1,37) contribuíram significativamente para ocorrência de interrupção do AME. Conclusões: a metanálise de estudos epidemiológicos brasileiros registrou evidências para concluir que a idade inferior a vinte anos, baixa escolaridade, primiparidade, trabalho materno no puerpério e a baixa renda familiar estão associados com a interrupção do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Crianças com baixo peso ao nascer, do sexo feminino e que usaram chupeta tiveram maior vulnerabilidade de não serem amamentadas exclusivamente. Conclui-se, que a maioria deste fatores podem ser modificados por meio de políticas públicas de acompanhamento adequado durante todo o pré-natal,com ações de promoção do aleitamento materno exclusivo.
ASSUNTO(S)
aleitamento aleitamento materno exclusivo nutrição da criança inquéritos epidemiológicos revisão
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