Prevalência de tireoidite de Hashimoto na população vicinal ao Pólo Petroquímico de Capuava (área Polo) e área controle (São Bernardo Campo) na região metropolitana da grande São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-08

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a prevalência populacional de tireoidite crônica autoimune (tireoidite de Hashimoto) na área vicinal ao Polo Petroquímico de Capuava comparativamente a área controle em São Bernardo Campo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Em ambas as áreas urbanas foram incluídos, aleatoriamente, indivíduos adultos que, de forma voluntária, concordaram em participar do estudo, estratificado por idade (20 a > 70 anos) e sexo (mulheres 80%, homens 20%). Na área Polo foram incluídos 409 indivíduos e na área controle (São Bernardo Campo) 420 pessoas (sem diferenças significativas quanto a idade e sexo). Na área Polo 15,6% apresentava sinais ecográficos e de positividade para anticorpos anti TPO, confirmando tireoidite crônica autoimune (TCA) comparativamente a 19,5% na área controle (p > 0,05, NS). A presença de hipotiroidismo foi confirmada em 4,9% da população na área Polo e 8,3% na área controle (São Bernardo Campo) (p = 0,046, significativo). No conjunto 6,63% dos pacientes com TCA apresentavam hipofunção tireóidea. A excreção urinária de iodo ultrapassou 300 mcg Iodo/L de urina em 58,5% de ambas populações. O sal coletado nas casas dos examinados apresentava concentração normal de iodo (35,5 + 6,6 mg I/Kg de sal). CONCLUSÕES: A maior prevalência de tireoidite crônica autoimune em ambas as áreas é, provavelmente, decorrente da elevada ingestão nutricional de iodo durante o quinqüênio que precedeu esta pesquisa (1998-2004). A suposta conexão epidemiológica de maior prevalência epidemiológica de TCA com vicinidade com o Polo Petroquímico de Capuava é improvável.

ASSUNTO(S)

tireoidite crônica iodo nutricional doença autoimune hipotireoidismo anticorpos anti-tireóide poluentes petroquímicos

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