Prevalência de pressão arterial elevada em crianças e adolescentes do ensino fundamental

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Paulista de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a prevalência de pressão arterial elevada em crianças e adolescentes e sua associação com indicadores antropométricos. MÉTODOS: Estudo transversal de estudantes de três instituições de ensino em Botucatu (SP). As variáveis avaliadas foram: pressão arterial (PA) (obtida em três ocasiões diferentes), peso, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência braquial, circunferência abdominal (CA), dobras cutâneas tricipital e subescapular. A PA foi aferida por método auscultatório e classificada em pré-hipertensão (PH) e hipertensão arterial (HAS), para os valores entre os percentis 90 e 95 e maior que o percentil 95, respectivamente. Os dados antropométricos foram comparados, segundo o sexo, pelo teste t de Student. A correlação de Pearson foi utilizada para verificar a variação das PA sistólica (PAS) e diastólica (PAD) segundo dados antropométricos. A variação do escore Z da PA segundo percentil de IMC foi avaliada pela análise de variância seguida do teste de Tukey. RESULTADOS: Foram avaliadas 903 crianças (51,7% meninos), com idade de 9,3±2,5 anos para ambos os sexos. A prevalência de PH foi de 9,1% e de HAS foi de 2,9%. Houve correlação positiva significativa entre os níveis de PAS e PAD elevados e as variáveis antropométricas, com valores maiores para peso (r=0,53 e r=0,45, p<0,05, respectivamente) e CA (r=0,50 e r=0,38, p<0,05, respectivamente). CONCLUSÕES: A prevalência de níveis pressóricos elevados nesta casuística foi compatível com outros estudos brasileiros e internacionais, correlacionando-se positivamente com indicadores antropométricos elevados, o que sinaliza a influência do excesso de peso na PA já na infância.

ASSUNTO(S)

hipertensão pré-hipertensão criança adolescente obesidade

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