Prevalência de fungemia em um hospital terciário: análise da última década

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-07

RESUMO

Resumo Introdução: a prevalência de fungemia hospitalar tem aumentado em todo o mundo e a mortalidade por essa afecção é elevada. Objetivo: avaliar a evolução, na última década, da prevalência e do perfil dos agentes fúngicos isolados em hemoculturas realizadas em um hospital universitário terciário. Método: foram analisados retrospectivamente todos os resultados de hemocultura processados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), entre os períodos de 2001-2003 e de 2011-2013. Para cada triênio foram registrados o número de hemoculturas coletadas, o percentual de positividade geral e o percentual de fungemia. Também foram catalogadas todas as espécies fúngicas identificadas. Todas as amostras sanguíneas foram incubadas no sistema de automação BacT/ALERT® (bioMérieux). Resultados: entre 2001-2003, foram avaliadas 34.822 amostras, sendo 5.510 (15,8%) positivas. Entre 2011-2013, o número de hemoculturas processadas aumentou para 55.052 amostras, sendo 4.873 (8,9%) positivas. Observou-se um aumento do número de culturas positivas para fungos no período analisado (2001-2003: 4,16%; 2011-2013: 5,95%; p<0,001). Dentre os agentes, as candidemias foram predominantes, principalmente por espécies de Candida não albicans (2001-2003: 57,64%; 2011-2013: 65,17%; p<0,05). Houve também aumento da fungemia por outros gêneros (2001-2003: 2,62%; 2011-2013: 4,48%; p<0,01). Conclusão: houve aumento da prevalência de fungemia na última década no HC-UFMG. Embora as candidemias tenham sido responsáveis pela maioria dos casos, houve aumento de fungemias causadas por outras espécies.

ASSUNTO(S)

candida candida não albicans fungemia atenção terciária à saúde prevalência

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