Prevalência de Doenças da Tireóide em Uma Comunidade do Nordeste Brasileiro

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-10

RESUMO

Foram estudadas a prevalência de tireopatias e as características clínico-laboratoriais de 210 habitantes do município de Cabaceiras, Paraíba, classificados em: 1) grupo de estudo (n=122), pacientes da área rural, com queixas e/ou quadro clínico de doença tireoideana; 2) grupo exploratório (n=88), voluntários da área urbana, sem queixas. A investigação constou de exame clínico, dosagens hormonais (TSH, T3, T4 livre), pesquisa de anticorpo anti-microssomal (AAM) e ultra-sonografia da tireóide. Na população estudada, 79% (n=166) era do gênero feminino e com média de idade de 31,3±20,1 anos (3-85). No grupo 1, as prevalências de hipotireoidismo (12,3%) e hipertireoidismo (7,3%) foram similares às encontradas no grupo 2 (15,9% e 4,5%, respectivamente). A positividade isolada do AAM foi detectada em 20% (43/210); desses, 26 eram da área urbana. 42% dos pacientes da área rural apresentaram alterações tireoideanas à USG, com predomínio de bócio difuso atóxico (30,7%). Em conclusão, a prevalência de portadores de tireopatias no município é alta, mesmo entre voluntários sem queixas. Diversos fatores de origem genética e/ou ambiental podem estar envolvidos, justificando a realização de estudos futuros, inclusive aqueles associados à iodúria.

ASSUNTO(S)

tireóide bócio prevalência ultra-sonografia anticorpos anti-tireiodeanos

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