Prevalência de déficit cognitivo e fatores associados entre idosos de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

As estimativas para 2020 indicam que os idosos representarão 13% da população do Brasil e é crescente a preocupação com a manutenção da capacidade cognitiva desta população. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência e fatores associados ao déficit cognitivo em idosos residentes na área de abrangência dos serviços de atenção básica em saúde no município de Bagé, Rio Grande do Sul. O estudo epidemiológico de base populacional foi realizado em 2008. O Miniexame do Estado Mental (MEEM) foi aplicado, no domicílio, a 1.593 idosos. A análise dos fatores associados foi realizada através de regressão de Poisson a partir de um modelo hierárquico. Associações com valor p menor que 0,05 foram consideradas estatisticamente significativas. A prevalência de déficit cognitivo foi de 34,1%. Idosos do sexo feminino, indivíduos mais velhos, de cor da pele preta ou amarela/parda/indígena, com menor escolaridade, de classes sociais mais pobres, sem aposentadoria, com depressão e incapacidade para Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) tiveram maior probabilidade de apresentar déficit cognitivo (p < 0,05). A elevada magnitude com possibilidade de ocorrência aumentada entre grupos mais pobres e vulneráveis contribui para a implementação de políticas públicas de modo a qualificar o atendimento, a prevenção de agravos e a promoção da independência e autonomia da população idosa.

ASSUNTO(S)

saúde do idoso cognição atenção primária à saúde estudos transversais envelhecimento saúde mental

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