Prescription of anorectic and benzodiazepine drugs through notification B prescriptions in Natal, Rio Grande do Norte, Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

Foram examinadas 22.158 notificações B contendo substâncias anoréticas tipo-anfetamina ou de benzodiazepínicos, obtidas de drogarias e de farmácias de manipulação. Os dados foram comparados com os de outras cidades do Brasil, obtendo-se uma visão nacional sobre o assunto. Os achados mostraram que as farmácias de manipulação, dispensaram 85,4% das notificações, ou seja, as farmácias de manipulação atenderam cerca de 10 vezes mais do que as drogarias. A maioria (83,5%) das notificações B nas farmácias de manipulação eram destinadas às mulheres sendo a relação entre pacientes femininos/masculinos de 7,1/1,0 no caso do mazindol e de 10,3/1,0 para a anfepramona. Dados semelhantes foram obtidos para os benzodiazepínicos: relação de 1,9/1,0 para o clonazepam até 15,6/1,0 para o oxazepam. Falhas e erros gritantes foram também observados no preenchimento das notificações B: ausência de dados de pacientes (em 49,6% dos documentos), do fornecedor (50,4%) etc. Houve casos de notificações sem o nome ou CRM do médico e um único médico prescreveu 1.855 notificações B; o nome de uma mesma compradora apareceu em 138 notificações e um mesmo RG em 125 outras. A comparação destes achados com os de outras cidades mostrou uma surpreendente semelhança, ao longo do país, desde Pelotas-RS até Belém-PA; evidenciando um padrão de comportamento médico/farmacêutico praticamente idêntico. Este padrão de prescrição para mulheres destina-se mais para uma finalidade cosmética (perda de peso) do que para uma real necessidade terapêutica. É necessária uma revisão ética sobre este problema, que também tem sido observado e igualmente criticado em vários países.

ASSUNTO(S)

anoréticos benzodiazepínicos obesidade medicamentos fórmulas magistrais farmácia de manipulação

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