Prescrições para tratamento de malária não complicada em gestantes na Amazônia Legal: evidências do Projeto Mafalda*
AUTOR(ES)
Luz, Tatiana Chama Borges, Miranda, Elaine Silva, Freitas, Letícia Figueira, Osório-de-Castro, Claudia Garcia Serpa
FONTE
Rev. bras. epidemiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
Objetivos: Avaliar prescrições de antimaláricos segundo indicadores de qualidade e descrever relatos de eventos adversos entre gestantes com malária não complicada. Métodos: Estudo descritivo de prontuários de gestantes maiores de 15 anos, residentes em municípios de alto risco na Amazônia Legal. Antimaláricos caracterizados segundo frequência de prescrição, tipo de plasmódio e de unidade de saúde de atendimento, e de possíveis eventos adversos. Para comparação das variáveis estudas utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson. Resultados: Foram avaliados 262 prontuários de gestantes. A maioria das gestantes pesquisadas recebeu diagnóstico de infecção por P. vivax (71,2%). Cloroquina foi o fármaco mais prescrito (65,6%). Fármacos não recomendados foram encontrados em 9,0% e 16,2% das prescrições para P. vivax e P. falciparum , respectivamente. Prescrições para P. falciparum , em proporção significativamente maior, contiveram esquemas e posologia e/ou duração do tratamento não adequados ao protocolo oficial (p = 0,001), bem como sem especificação da posologia (p = 0,004). Não houve diferenças significativas entre hospitais de referência e unidades básicas de saúde quanto aos esquemas de tratamento, proporções de prescrições contendo esquemas de tratamento não adequados e sem especificação da posologia. Cloroquina foi o fármaco mais envolvido em ocorrências de eventos adversos. Conclusões: Os resultados mostraram deficiências na prescrição de antimaláricos para gestantes, especialmente quanto à adequação ao protocolo oficial.
ASSUNTO(S)
malária plasmodium falciparum plasmodium vivax gestantes prescrições de medicamentos uso de medicamentos
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