Preparação, caracterização e avaliação de nanosferas de PLGA (50:50) contendo In(lll)-Meso-tetrafenilporfirina para aplicação em terapia fotodinamica / Preparation, chracterization and evaluation of PLGA 50:50 nanospheres loaded with In(lll)-meso-tetraphenylporphyrin for use in photodynamic therapy

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O cloreto de In(III)-meso-tetrafenilporfirina (InTPP) foi encapsulado em nanopartículas de poli(lactídio-co-glicolídio) (PLGA) 50:50, preparadas através do método de emulsão e evaporação. Foram obtidas nanopartículas com tamanho inferior a 200 nm e com uma distribuição homogênea. A velocidade de agitação e a porcentagem de etanol na fase aquosa foram os fatores que mais influenciaram nas diferentes propriedades estudadas (tamanho, potencial zeta, eficiência de encapsulação e recuperação da partícula, e porcentagem residual de emulsificante e de solvente orgânico utilizados). Foi desenvolvido um novo método de monitoramento da liberação do fármaco encapsulado sem separar as partículas do meio, usando um espectrofotômetro associado ao acessório de refletância difusa. O InTPP foi liberado das nanopartículas por um processo bifásico, caracterizado por uma rápida liberação inicial seguido por uma mais lenta. Utilizando modelos matemáticos concluiu-se que a liberação do InTPP ocorre por difusão. A viabilidade de células cancerígenas de próstata (LNCaP) foi reduzida para 40,8 e 1,7% na presença de 1,8 mmol/L de InTPP livre ou encapsulado, respectivamente, após 120 minutos de irradiação. Análises de microscopia confocal mostraram que uma maior quantidade de InTPP encapsulado foi internalizado na célula se comparado ao fármaco livre o que justifica a melhor eficiência do fotossensibilizador encapsulado em reduzir a viabilidade das células LNCaP. Em ambas as situações o InTPP livre ou encapsulado foi localizado na região perinuclear da célula. Experimentos de ressonância paramagnética eletrônica confirmaram a participação do oxigênio singlete no processo fotocitotóxico, quando as células foram incubadas com as nanopartículas contendo o InTPP. O mesmo não foi observado com o composto livre devido ao seu estado agregado e a fotodegradação do InTPP, sugerindo que ambos podem estar influenciando na eficiência do InTPP livre em reduzir a viabilidade das células LNCaP. Concluiu-se, pelos resultados deste trabalho, que o InTPP encapsulado em nanopartículas de PLGA com tamanho inferior a 200 nm pode ser utilizado em estudos pré-clínicos da terapia fotodinâmica.

ASSUNTO(S)

fotoxidação photodynamic therapy nanoparticulas cancer cancer terapia fotodinamica nanoparticle photooxidation

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