Práticas emancipatórias na área de drogas: construção de projetos com trabalhadores da Atenção Primária à Saúde

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. esc. enferm. USP

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/12/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Construir projetos para a implementação de práticas emancipatórias na área de drogas com trabalhadores da Atenção Primária à Saúde. Método: Pesquisa-ação emancipatória, fundamentada no materialismo histórico-dialético, desenvolvida na Supervisão Técnica de Saúde Vila Prudente/Sapopemba da cidade de São Paulo, que contou com a participação de trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (assistência e gerência). Resultados: Participaram 17 trabalhadores, os quais partilharam 13 oficinas. As oficinas discutiram os seguintes temas: necessidades em saúde dos moradores dos territórios de atuação; dimensão social do consumo de droga; limitações e contradições das políticas e práticas da saúde pública na área de drogas; finalidade do trabalho na Atenção Primária à Saúde; e implementação de evidências na área de drogas. Com base em discussões crítico-políticas, foram desenhados quatro projetos intersetoriais de implementação. Conclusão: As oficinas emancipatórias possibilitaram aos trabalhadores se localizarem no processo de produção em saúde e se apropriarem das contradições desse processo, mostrando-se fortalecidos para o desenvolvimento e a implementação de ferramentas em resposta às necessidades em saúde, tomando por base os processos sociais que envolvem a produção, a circulação e o consumo de drogas.ABSTRACT Objective: To build projects for implementing emancipatory drug practices with Primary Healthcare workers. Method: An emancipatory action research based on historical-dialectical materialism developed at the Vila Prudente/Sapopemba Health Technical Supervision of the city of São Paulo with the participation of Primary Healthcare workers (care providers and management). Results: Seventeen (17) health workers participated in sharing 13 workshops. The workshops discussed the following topics: the health needs of residents of the territories in which they operate; social dimension of drug use; limitations and contradictions of public healthcare policies and practices in the area of drugs; purpose of working in Primary Healthcare; and implementing drug evidence. Four intersectoral implementation projects were designed based on critical policy discussions. Conclusion: The emancipatory workshops enabled workers to position themselves in the health production process and capture the contradictions of this process, thereby strengthening their ability to develop and implement tools in response to health needs based on the social processes that involve the production, circulation and consumption of drugs.

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