Práticas de leitura: quais rumos para favorecer a expressão do sujeito leitor?
AUTOR(ES)
Rouxel, Annie
FONTE
Cad. Pesqui.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-04
RESUMO
O estudo traz uma reflexão sobre a dimensão subjetiva da leitura em contexto escolar. Estabelece-se, nele, uma distinção entre leitura analítica (de análise e interpretação de texto, freqüentemente a única praticada na escola) e leitura cursiva (denominação dada, atualmente, na França, para as leituras pessoais, autônomas e livres de coerção avaliativa). Estas últimas, desde 2001, inserem-se no currículo oficial do ensino médio como uma nova possibilidade de ensino de literatura. As pesquisas contemporâneas sobre a questão mostram que ela não se reduz a uma atividade cognitiva e que o processo de elaboração semântica se enraiza na experiência do sujeito. O investimento subjetivo do leitor é uma necessidade funcional da leitura literária; é o leitor quem completa o texto e lhe imprime sua forma singular de pensar e sentir. Não se trata, portanto, de renunciar ao estudo da obra em sua dimensão formal e objetiva, mas de acolher os sentimentos dos alunos, incentivando seu envolvimento pessoal com a leitura.
ASSUNTO(S)
leitura ensino médio literatura leitor
Documentos Relacionados
- Leitura: entre leitor e texto
- Leitor em construção e/ou construção do leitor?
- Contributo para traçar o perfil do público leitor do Real Gabinete Português de Leitura: 1837-1847
- Hora da leitura: práticas teatrais para a exploração de textos literários nas aulas de língua portuguesa
- A formação do professor leitor: práticas de leitura em diferentes contextos