Potencial alelopático de extratos aquosos de duas espécies de Gleicheniaceae sobre espécies infestantes de culturas e da bioindicadora Lactuca sativa L
AUTOR(ES)
Valquíria Marin Voltarelli
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
No presente trabalho foram feitos bioensaios para determinar o potencial alelopático dos extratos aquosos de frondes adultas de Gleichenella pectinata e de Dicranopteris flexuosa em dois estágios fisiológicos (fértil e estéril) sobre a porcentagem e o tempo médio de germinação, e crescimento inicial de três espécies de plantas infestantes de culturas (Echinochloa crus-galli, Ipomoea grandifolia, Euphorbia heterophylla). Foram feitos quatro tratamentos aquosos (0, 2,5 , 5 e 10%), com cinco repetições. Cada tratamento consistiu de 30 sementes para os experimentos de germinação e 10 plântulas para crescimento da radícula e do hipocótilo/coleóptilo. O crescimento das raízes foi o parâmetro mais sensível aos aleloquímicos de frondes de G. pectinata e de D. flexuosa, para as três espécies estudadas. Todos os extratos prejudicaram o crescimento da raiz das três espécies alvo, exceto a concentração 2,5% do extrato de frondes estéreis de G. pectinata sobre E. heterophylla. Os extratos de frondes estéreis de G. pectinata atrasaram a germinação de E. heterophylla e E. crus-galli nas concentrações 5 e 10%. A concentração 10% do extrato de fronde férteis reduziu a porcentagem de germinação das três espécies-alvo. Todos os extratos de D. flexuosa reduziram o sistema radicular de todas as espécies alvo. I. grandifolia foi a espécie mais sensível aos extratos de D. flexuosa, apresentando redução de todos os parâmetros morfológicos. As demais espécies alvo tiveram suas partes aéreas diminuídas pelas concentrações 5 e 10%. Foi realizado um experimento em solo para verificar o desempenho de diferentes tratamentos de D. flexuosa na germinação de Lactuca sativa, na presença e ausência de microrganismos. Cada um dos tratamentos foi testado com 4 sementes de alface /vaso durante seis períodos distintos de dez dias, referentes ao 1, 2, 4, 8, 16 e 32 dias após a aplicação dos tratamentos, com 6 réplicas. As condições de luminosidade, umidade e temperatura foram controladas. Em geral, os substratos não esterilizados apresentaram maiores efeitos alelopáticos sobre os parâmetros analisados. Dentre os tratamentos, o solo pré ocupado por D. flexuosa, inibindo a germinação quando não esterilizado, durante todo e tempo de experimento. Isso comprova o acúmulo de substâncias alelopáticas em condições ambientais, e seu efeito prolongado.
ASSUNTO(S)
plantas daninhas fisiologia vegetal pteridophyta soil ipomoea grandifolia euphorbia heterophylla euphorbia heterophylla solos pteridófita alelopatia ipomoea grandifolia echinochloa crus-galli allelopathy echinochloa crus-galli fisiologia
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3349Documentos Relacionados
- Potencial alelopático de Gleichenella pectinata (Willd.) Ching (Gleicheniaceae) sobre espécies infestantes de culturas
- Efeito alelopático comparativo de extratos aquosos de Cryptocarya moschata com Ocotea odorifera sobre Lactuca sativa
- Potencial alelopático de espécies nativas na germinação e crescimento inicial de Lactuca sativa L. (Asteraceae)
- Potencial alelopático de extratos aquosos foliares de aveia sobre azevém e amendoim-bravo
- Potencial alelopático de extratos aquosos de genótipos de canola sobre Bidens pilosa