Potência em equipes: desenvolvimento de uma medida

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O emprego de equipes de trabalho como unidade de desempenho tem se tornado uma prática cada vez mais freqüente nas organizações modernas. Como conseqüência, emerge a necessidade de conhecer quais são os fatores que contribuem para a sua efetividade. No entanto, ainda existem poucos estudos nessa área. A escassez de pesquisas juntamente com o aumento da adoção de equipes nas organizações demonstram a relevância de se investir em investigações que abordem o desempenho de equipes de trabalho e variáveis relacionadas. Partindo do princípio de que para aumentar o conhecimento sobre determinado fenômeno são necessárias ferramentas para investigá-lo, o presente estudo almeja contribuir para o avanço das investigações sobre equipes de trabalho no Brasil, oferecendo um instrumento válido e consistente para mensurar um atributo do nível das equipes: a potência, definida como a crença coletiva dos membros da equipe de que ela pode ser efetiva na realização de suas tarefas. Para atingir esse objetivo, primeiramente efetuou-se a distinção teórica entre a potência e construtos paralelos, tais como autoeficácia, eficácia coletiva e eficácia da equipe. Foi proposta, também, uma nova dimensão para o construto, abordando a capacidade dos membros da equipe em estabelecer relações sociais favoráveis ao seu desempenho. Posteriormente, foi desenvolvido e validado um instrumento para mensurar esse fenômeno. De forma adicional, realizou-se a validação discriminante entre as medidas de potência e auto-eficácia, visando averiguar a distinção empírica entre elas. Adotaram-se procedimentos estatísticos, a fim de verificar a pertinência da escala em mensurar um fenômeno do nível das equipes. A presente pesquisa contou com a participação de 423 trabalhadores, componentes de 63 equipes de 3 organizações de segmentos distintos. Os resultados da validação psicométrica da escala de potência apontaram para uma solução bifatorial com índices de confiabilidade satisfatórios. O primeiro fator - Desempenho Produtivo - ficou composto por 17 itens e o alpha de Cronbach foi igual a 0,92; já o segundo fator - Relacionamento Social - ficou composto por 7 itens e o alpha foi igual a 0,87. Por fim, foram obtidos indicadores que justificaram a validade da escala para mensurar um fenômeno do nível das equipes. Com base nesses achados, concluiu-se que essa escala é uma ferramenta válida para a avaliação da potência das equipes de trabalho, contemplando satisfatoriamente o objetivo estipulado para esta pesquisa.

ASSUNTO(S)

teamwork effectiveness collective believe psicologia equipes de trabalho crença coletiva efetividade

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