Pós-pandemia ou a “endemização do (extra)ordinário”? Uma análise comparativa entre as experiências com a fome, Zika vírus e Covid-19 no Brasil
AUTOR(ES)
Blanco, Lis Furlani; Sacramento, Jonatan
FONTE
Horiz. antropol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
Resumo Passado um ano da “chegada” do novo coronavírus no Brasil, apesar dos números de infecção não apresentarem declínio, iniciou-se um processo de retomada das atividades e adaptação ao “novo normal”. É o objetivo deste artigo mostrar como uma epidemia é construída enquanto uma emergência sanitária, quais os marcadores de sua temporalidade e, principalmente, como ela se produz em um processo de obliteração e externalização de fatores que muitas vezes são inerentes aos seus efeitos. Para tanto, recuperamos a trajetória de duas experiências “epidêmicas” anteriores, vivenciadas em território brasileiro, a fome e o Zika vírus. Mostraremos, a partir dessa comparação, que a epidemia de Covid-19 deve ser entendida levando em consideração que sua trajetória é produzida conjuntamente com outras experiências de saúde e doença. Se os significados do “novo normal” estão sendo disputados, é importante trazer à luz os processos que reproduzem cotidianamente o “normal de novo”.
Documentos Relacionados
- Os desafios da universidade pública pós-pandemia da Covid-19: o caso brasileiro
- Possível reconfiguração dos modelos educacionais pós-pandemia
- Bioética: ponte para um futuro pós-pandemia
- Fato ou Fake? Uma análise da desinformação frente à pandemia da Covid-19 no Brasil
- A reconfiguração das Cadeias Globais de Valor (global value chains) pós-pandemia