Poluição do ar e a saúde das crianças: a doença falciforme
AUTOR(ES)
Barbosa, Silvia Maria de Macedo, Farhat, Sylvia Costa Lima, Martins, Lourdes Conceição, Pereira, Luiz Alberto Amador, Saldiva, Paulo Hilário Nascimento, Zanobetti, Antonella, Braga, Alfésio Luís Ferreira
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-02
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre a poluição do ar e atendimentos de emergência pediátrica de pacientes portadores de anemia falciforme. Adotamos um estudo de case-crossover. Visitas de crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme ao pronto-socorro pediátrico, em São Paulo, Brasil, foram avaliadas a partir de setembro de 1999 até dezembro de 2004, controlando a temperatura, umidade e dia da semana. Variações interquartis das médias móveis de quatro dias de PM10, NO2, SO2, CO e O3 foram associadas com aumentos de 18,9% (IC95%: 11,2-26,5), 19% (IC95%: 8,3-29,6), 14,4% (IC95%: 6,5-22,4), 16,5% (IC95%: 8,9-24,0) e 9,8% (IC95%: 1,1-18,6) nos atendimentos totais, respectivamente. Quando as análises foram estratificadas por dor, verificou-se que PM10 apresentou correlação 40,3% maior do que a observada em pacientes falciformes sem sintomas de dor. A exposição à poluição do ar pode afetar a saúde cardiovascular de crianças e promover um fardo significativo para a saúde em um grupo suscetível, como o de pacientes com anemia falciforme.
ASSUNTO(S)
poluição do ar anemia falciforme serviços médicos de emergência
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