Poluição ambiental e óbitos devido a acidente vásculo-encefálico em uma cidade com baixos níveis de poluentes: estudo ecológico de séries temporais

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/09/2014

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: Pouco se tem discutido sobre o aumento do risco de acidente vascular cerebral após exposição a poluentes do ar, principalmente no Brasil. Os mecanismos pelos quais a poluição pode influenciar a ocorrência de eventos vasculares, tais como acidente vascular cerebral, ainda são pouco compreendidos. O objetivo deste estudo foi estimar a associação entre exposição a alguns poluentes do ar e risco de morte por acidente vascular cerebral.TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo ecológico de séries temporais com dados de São José dos Campos, Brasil.MÉTODOS: Dados sobre mortes por acidente vascular cerebral em indivíduos de todas as idades que vivem em São José dos Campos e sobre material particulado, dióxido de enxofre e ozônio foram utilizados. A análise estatística utilizou modelo aditivo generalizado de regressão de Poisson com o software Statistica, em modelos "unipollutant" e "multipollutant". Foi calculado o percentual de aumento no risco para o aumento da diferença interquartil.RESULTADOS: Houve 1.032 mortes por acidente vascular cerebral, que variou de 0 a 5 por dia. A significância estatística da exposição ao material particulado em modelo "unipoluente" e a importância do material particulado e dióxido de enxofre no modelo "multipoluente" foram verificadas. O aumento do risco foi de 10% e 7%, respectivamente para material particulado e dióxido de enxofre.CONCLUSÃO: Foi possível identificar exposição a poluentes do ar como um fator de risco para morte por acidente vascular cerebral, mesmo em uma cidade com baixos níveis de poluição do ar.

ASSUNTO(S)

acidente vascular cerebral poluentes do ar material particulado mortalidade dióxido de enxofre

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