Polifarmácia em idosos: um estudo de base populacional

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Investigar a polifarmácia em idosos residentes na área urbana de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, estimando a prevalência e os fatores a ela associados. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de base populacional em uma amostra de 1.705 idosos, entre 2009 e 2010. A variável dependente foi polifarmácia (definida como “uso de cinco ou mais medicamentos”). Utilizaram-se variáveis sociodemográficas, uso de serviços de saúde e autoavaliação de saúde como exploratórias. Foram estimadas razões de prevalência (RP) por meio de análise multivariada utilizando-se da regressão de Poisson. Resultados: A média do uso de medicamentos por idosos foi de 3,8 (variando entre 0 e 28). A prevalência de polifarmácia foi de 32%, com intervalo de confiança de 95% (IC95%) 29,8 - 34,3. As características que apresentaram associação positiva com polifarmácia foram: sexo feminino (RP = 1,27; IC95% 1,03 - 1,57), aumento da idade (RP = 1,38; IC95% 1,08 - 1,77), autoavaliação de saúde negativa (RP = 1,99; IC95% 1,59 - 2,48) e realização de consulta médica nos últimos 3 meses anteriores à entrevista (RP = 1,89; IC95% 1,53 - 2,32). Os grupos de medicamentos mais utilizados pelos idosos na polifarmácia foram os indicados para o sistema cardiovascular, trato alimentar e metabolismo e sistema nervoso. Conclusão: O padrão de uso de medicamentos por idosos está dentro da média nacional. A prevalência de polifarmácia e as características a ela associadas foram semelhantes aos achados em outras regiões do Brasil.

ASSUNTO(S)

polimedicação uso de medicamentos idosos estudos transversais farmacoepidemiologia envelhecimento

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