PODE UM CURRÍCULO AQUILOMBAR-SE?
AUTOR(ES)
Brito, Eliana Povoas Pereira Estrela; Santos, Amilton; Matos, Michelle
FONTE
Cad. Pesqui.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-06
RESUMO
Resumo Este artigo discute a importância atribuída às escolas pelas comunidades quilombolas. Defende o argumento de que a escola e suas práticas, seus modos de organização e funcionamento se constituem em aquilombamento, entendido como uma forma de resistir às imposições coloniais e assegurar a existência da cultura, tradições e heranças ancestrais dessas comunidades. A pesquisa, realizada na escola do quilombo Tomé Nunes, na Bahia, utilizou-se de entrevistas e observações participativas para a coleta de dados e concluiu que a luta por um currículo aquilombado em seus aspectos políticos, geográficos, históricos e culturais se constitui em práticas de resistência diante das imposições colonialistas prescritas pelas atuais políticas curriculares.