Plano de uso público do Parque Nacional do Monte Roraima : proposta de estruração de uma cadeia produtiva de ecoturismo na calha do rio Cotingo, com base nos princípios da economia ecológica
AUTOR(ES)
Silva, Edileuza Lopes Sette
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
O trabalho elabora uma proposta de cadeia produtiva para o ecoturismo na Unidade de Conservação do Parque Nacional do Monte Roraima – Parna Monte Roraima, a partir de uma pesquisa realizada na comunidade Ingarikó de Karamanpaktëi, o agrupamento brasileiro mais próximo do Monte Roraima, na bacia do rio Cotingo. O Plano de Manejo do Parna Monte Roraima, datado de 2000, divide a região, em seis zonas ecológicas - uso extensivo, intensivo, intangível, primitiva, de uso especial e de transição-, com as respectivas regras para intervenção humana. Na zona de uso extensivo estão previstas a realização de pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo com a participação das comunidades indígenas, com vistas à melhoria de suas condições de vida, uma vez que o povo Ingarikó habita essa floresta desde tempos imemoriais. A pesquisa constatou serem os índios exímios conhecedores do Parna, onde já desenvolvem a atividade de ecoturismo com extrema habilidade. São familiarizados com importantes aspectos do ecossistema, com os hábitos dos animais e as particularidades do clima, o que os qualifica como peças chaves no planejamento da segurança do turista. Devido à proibição legal, caçam raramente, tendo uma dieta concentrada em carboidratos de mandioca, quase sem nenhuma proteína. A partir de uma excursão realizada à Cachoeira Kïtik Yen e à Comunidade Mapae, com duração de seis dias, pela floresta, foi estruturada uma cadeia de ecoturismo que reflete a realidade atual da atividade no Parna. Observa-se que alguns elos da cadeia estão mais bem organizados que outros, mas no geral, se a comunidade puder contar com a presença do poder público, a atividade poderá alcançar padrão de excelência internacional. Ali estão presentes o conhecimento dos sítios naturais, o respeito e a prática da cultura ancestral, a vocação e a amabilidade no trato com o turista, a consciência da importância de cada elemento da paisagem para a atividade e a facilidade com idiomas estrangeiros. Com alguma orientação dos órgãos de vigilância sanitária, poderá ser desenvolvida uma culinária leve e saudável, bem ao gosto do turista. Neste sentido, a preparação do cachiri, com alguma inovação tecnológica, poderá representar significativa geração de renda pela venda aos turistas, por ser uma bebida energética, fresca e saudável.
ASSUNTO(S)
economia ambiental ecotourism parque nacional do monte roraima (rr) roraima cadeia produtiva brazilian unity conservation monte roraima ecoturismo unidades de conservação
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/18816Documentos Relacionados
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