Planejamento econômico global como um desafio para o movimento dos trabalhadores

AUTOR(ES)
FONTE

Tempo soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-08

RESUMO

Resumo A linha central do argumento nesta contribuição é que a urgência das crises econômica, social e ambiental exige ir além dos esforços institucionalistas para instalar mais Acordos Marco-Globais ou Campanhas de Trabalho Digno. As revoltas sociais em vários países do globo que eclodiram em 2019 e 2020 sublinham a pressão emergente no sentido de uma visão mais ampla da mudança sistêmica. A mudança de ênfase para o Planejamento Econômico Global abre as seguintes perspectivas: 1) Permite estudar e adaptar os métodos utilizados pelas empresas transnacionais no planejamento econômico para fins alternativos. 2) Possibilita recuperar experiências feitas tanto no planejamento capitalista, ou seja, no quadro da política industrial e dos estados de desenvolvimento, como no planejamento socialista, e aplicar versões melhoradas de ambos. 3) Permite intervir estrategicamente a fim de explorar as potencialidades das energias renováveis para as quais o investimento está a estagnar globalmente desde 2015. 4) Oferece uma via para que o movimento laboral se torne um parceiro fiável das iniciativas ambientais e do movimento climático global. 5) Pode proporcionar uma via para a participação em massa na mudança sistêmica com objetivos concretos, como a conversão da indústria automóvel, redes descentralizadas de energias renováveis, um sistema de saúde público e comunitário, entre outros.

Documentos Relacionados