Pichação : autoafimação juvenil e territórios de promoção da periferia de Porto Alegre

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A cidade moderna mostra-se incapacitada de satisfazer o ser humano na prática de suas vivências. Por conta da padronização funcional e da legislação conservadora, as práticas de expressão diferentes não se enquadram no conceito moderno de urbano e são entendidas como afronta à ordem instituída. As pichações desconhecem as regras morais em que se funda a legislação e, por isso, multiplicam-se na cidade como forma de comunicação entre a juventude da periferia. Por meio dos territórios criados pelo picho, o jovem promove a si e a seu grupo, abrindo novos espaços sociais desconhecidos da classe média. Essa nova comunicação é o retrato de grupos sociais que se constituem por meio de uma linguagem cifrada que, associada ao meio virtual, fornece subsídios ao jovem para sua autoafirmação e identificação. São esses grupos juvenis os responsáveis pela caracterização de novos territórios, por meio da pichação, e de novos espaços sociais, por meio da apropriação da cidade. Com auxílio da Fenomenologia, é possível identificar os grupos e o perfil do jovem da periferia, reconhecendo seus espaços e promovendo a aceitação de seus territórios de promoção.

ASSUNTO(S)

geografia urbana porto alegre (rs) graffiti territory territorio periphery pichação youth social space

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