Pianos, Violões e Batuques: caminhos da invenção artística e folclórica da música negra na Amazônia paraense (1923-1940)
AUTOR(ES)
Costa, Antonio Maurício D. da
FONTE
História
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/12/2018
RESUMO
Resumo O artigo aborda a produção de músicas ligadas ao tema do negro por pianistas paraenses, compositores de canções de projeção folclórica voltadas para assuntos amazônicos, entre as décadas de 1920 e 1940. As trajetórias artísticas de Waldemar Henrique e de Gentil Puget indicam os caminhos que artistas vanguardistas das primeiras décadas do século XX, no norte do Brasil, percorreram na produção de sentidos sobre o campo da cultura negra. O estudo analisa registros constantes em jornais e revistas da época, em textos de autoria dos artistas focalizados e em relatos memorialísticos. A junção da visão modernista sobre a música folclórica como interesse por manifestações culturais populares (folguedos tradicionais, rituais de religião afro, rodas boêmias de violonistas) e por expressões de entretenimento urbano (teatro de revista, programas de rádio, apresentações musicais em bares) contribuiu para o surgimento da obra dos músicos folcloristas aqui pesquisados. Os primeiros anos das carreiras de Waldemar Henrique e de Gentil Puget, marcados por trocas intelectuais com estudiosos do folclore e artistas de alcance regional e nacional, resultaram na produção, dentre outros temas, de um padrão regional para a música negra folclórica.
ASSUNTO(S)
pianistas folclore música negra pará
Documentos Relacionados
- Mahavidyas : Balé para dois pianos, flauta, piccolo, timpani e orquestra de Cordas
- A questão do popular na música da Amazônia paraense da primeira metade do século XX
- Entre louças, pianos, livros e impressos : a Casa Livro Azul : 1876-1958
- O narrador e seus duplos em Nenhum olhar e em Cemitério de pianos, de José Luís Peixoto
- Representações de práticas inclusivas: da realidade vivida aos caminhos da inclusão no ensino superior na Amazônia paraense