PHYSICIANS’ KNOWLEDGE ABOUT PATIENTS’ RELIGIOUS BELIEFS IN PEDIATRIC CARE

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. paul. pediatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/06/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Descrever o conhecimento dos médicos pediatras e residentes de pediatria a respeito do significado da morte segundo as religiões mais prevalentes no Brasil. Métodos: Estudo transversal em que foi aplicado um questionário aos médicos pediatras e residentes de um hospital pediátrico de nível terciário da cidade de São Paulo, SP, Brasil, sobre o conhecimento e as experiências acerca de religiões de pacientes paliativos. Resultados: Ao todo, 116 médicos responderam ao questionário, 98 (84,5%) religiosos, definidos como seguidores de algum dogma espiritual existente no mundo, e 18 (15,5%) não religiosos. Do total, 97 (83,6%) considera-se apto a lidar com os cuidados espirituais de pacientes católicos, 49 (42,2%) de pacientes protestantes e 92 (79,3%) de pacientes espíritas em processo de morte. Médicos religiosos utilizaram menos os serviços de capelania do que médicos não-religiosos (risco relativo - RR 2,54; p=0,043; intervalo de confiança de 95% - IC95% 1,21-5,34). Dos entrevistados, 111 (96%) acreditam que a espiritualidade é benéfica na aceitação do processo de morte, resposta associada à religiosidade dos médicos (RR 1,18; p=0,026; IC95% 0,95-1,45). Ainda, 106 (91,4%) dos entrevistados desconhecem a religião de seus pacientes. A mesma quantidade de participantes considera os pediatras, em geral, despreparados para lidar com o aspecto espiritual da morte, e esses dados não estão ligados à manifestação de religiosidade. Conclusões: Apesar de a maioria dos médicos pediatras e residentes se dizer apta a lidar com as religiões mais prevalentes no Brasil e afirmar que a espiritualidade é benéfica durante o processo de morte, pouca importância é dada à identidade espiritual de seus pacientes, o que pode dificultar uma abordagem adequada ao seu processo de morte.ABSTRACT Objective: To describe the knowledge of pediatricians and pediatric residents about the meaning of death according to the most prevalent religions in Brazil. Methods: A cross-sectional survey was conducted among pediatricians and pediatric residents at a tertiary-level children’s hospital in the city of São Paulo, SP, Brazil, questioning about their knowledge and experience related to spiritual care and the most common religious beliefs among pediatric palliative care patients in Brazil. Results: 116 physicians answered the questionnaire, 98 (84.5%) considered themselves religious, defined as followers of any spiritual creed around the world, and 18 (15.5%) non-religious. Of the total, 97 (83.6%) considered themselves capable of dealing with the spiritual care of Catholic patients, 49 (42.2%) of Protestant patients and 92 (79.3%) of patients that follow Spiritism in the process of death. Religious doctors used less chaplaincy services than non-religious doctors (relative risk - RR 2.54; p=0.0432; confidence interval of 95% - 95%CI 1.21-5.34). Among the physicians, 111 (96%) believe that spirituality is beneficial in accepting the death process, responses were associated with the religiosity of the physicians (RR 1.18; p=0.0261; 95%CI 0.95-1.45). Also, 106 (91.4%) are unaware of the religion of their patients and the same number of participants consider pediatricians, in general, unprepared to deal with the spiritual aspect of death. These data are not associated with the participants’ religiosity. Conclusions: Although most pediatricians and residents consider themselves able to deal with the most prevalent religions in Brazil and affirm that spirituality is beneficial during the death process, little importance is given to the spiritual identity of their patients, which could limit an appropriate approach to their death process.

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