Pessoa, amizade e reconhecimento : pressupostos éticos do conceito de justiça na tradição clássica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A presente dissertação procura identificar quais são os pressupostos éticos do conceito de justiça na tradição clássica, através de um estudo divido em três partes: a primeira vinculada aos elementos de caráter antropológico, a segunda aos condicionamentos de cunho relacional e a terceira destinada propriamente ao estudo dos padrões de reconhecimento. A divisão tripartite é justificada em termos de método, dada a vinculação de cada um dos três capítulos a um autor que lhe é central. O capítulo primeiro situa-se no âmbito das discussões de Robert Spaemann, o segundo na teoria ética da amizade (philia) em Aristóteles e o capítulo final nas recentes formulações da teoria do reconhecimento de Axel Honneth. Ao longo do capítulo dedicado a Robert Spaemann, reflete-se sobre a especial condição humana, a pessoalidade, da qual decorrem as características antropológicas que possibilitam a ação justa. O estudo dedicado à amizade reconhece as características distintivas desta frente à justiça, especialmente no que se refere às limitações que impõe na constituição da relação subseqüente. Por fim, os termos da teoria do reconhecimento são analisados sob a ótica da tradição clássica, reestruturando-se o modelo hegeliano de modo a torná-lo coerente com o modelo antropológico pessoal. O estudo encerra-se com a indicação de quais são os pressupostos éticos identificados.

ASSUNTO(S)

justiça Ética

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