Pesquisa de trematódeos digenéticos em Heleobia spp. (Mollusca: Hydrobiidae) em área de ocorrência da Ehrlichiose monocítica equina, no Rio Grande do Sul, Brasil
AUTOR(ES)
Coimbra, Helen Silveira, Schuch, Luiz Filipe Damé, Muller, Gertrud, Gonçalves, Carolina Lambrech, Zambrano, Cristina, Oyarzabal, Marta Elaine Bastos, Prestes, Luciana de Souza, Meireles, Mário Carlos Araujo
FONTE
Arq. Inst. Biol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-09
RESUMO
A ehrlichiose monocítica equina (EME) na região Sul do Rio Grande do Sul tem demonstrado ser importante nas criações de cavalos Crioulos. A enfermidade foi relatada e diagnosticada como causa de diarreia, prejuízos com tratamentos e com a morte de equinos não estabulados, sendo apontada como um fator limitante na criação de equinos em algumas regiões. O modo de transmissão pela via oral, intermediada por trematódeos em ambientes aquáticos, tem sido sustentado. Caracóis dulciaquícolas estão envolvidos como hospedeiros intermediários de trematódeos albergadores de Neorickettsia risticii. Um total de 16.846 caracóis Heleobia foi coletado nos municípios de Arroio Grande, Rio Grande, Palmares do Sul e Santa Vitória do Palmar, 92,2% dos quais foram encontrados nas raízes de aguapés (Eichornea spp.). A frequência de trematódeos presentes nos caracóis variou de 2,3 a 12,8% nas propriedades coletadas. Foram encontrados três tipos de cercárias, morfotipo 1, morfotipo 2 e morfotipo 3, e dois morfotipos de metacercárias nos caracóis. Um total de 357 insetos da ordem Odonata foi coletado, fases de metacercárias foram encontradas no tegumento da subordem Anisoptera com frequência de 5,3%. Mais estudos são necessários para identificar as fases larvais encontradas, bem como para conhecer o hospedeiro definitivo, identificar o parasito adulto e a relação de seu ciclo de vida com a ocorrência da ehrlichiose monocítica equina.
ASSUNTO(S)
trematódeos heleobia spp. neorickettsia risticii
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