Pesquisa de Ehrlichia canis, Babesia spp. e Hepatozoon spp. em cães de uma região semiárida do Brasil
AUTOR(ES)
Rotondano, Tereza Emmanuelle de Farias, Almeida, Herta Karyanne Araújo, Krawczak, Felipe da Silva, Santana, Vanessa Lira, Vidal, Ivana Fernandes, Labruna, Marcelo Bahia, Azevedo, Sérgio Santos de, Almeida, Alzira Maria Paiva de, Melo, Marcia Almeida de
FONTE
Rev. Bras. Parasitol. Vet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
O presente estudo avaliou a ocorrência de infecção por Ehrlichia spp., Babesia spp. e Hepatozoon spp. em 100 cães, infestados por carrapatos, oriundos de uma região semiárida do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Amostras de sangue e de carrapatos foram coletadas dos animais, e um questionário foi submetido aos proprietários dos cães para obter dados gerais. As amostras de sangue foram utilizadas para realização de hemograma, esfregaço sanguíneo e detecção molecular dos hemoparasitos. Os 1.151 carrapatos coletados foram identificados como Rhipicephalus sanguineus; os esfregaços sanguíneos revelaram mórulas sugestivas de E. canis em 4% (4/100) de cães fêmeas não vacinadas, e 34% e 25% dos cães foram positivos para Ehrlichia canis pela imunofluorescência indireta (IFI) e reação em cadeia pela polimerase (PCR), respectivamente. Os esfregaços sanguíneos revelaram merozoítas sugestivas de Babesia em eritrócitos de 2% (2/100) dos animais. Babesia vogeli foi detectada por PCR em dez animais (10%) e foi correlacionada com a idade jovem (p=0,007) e trombocitopenia (p=0,01). Nenhum dos animais apresentou positividade para Hepatozoon spp. Esses resultados indicam que E. canis é o principal patógeno canino transmitido por carrapato, na área estudada, e fornece o primeiro relato de infecção por B. vogeli em cães do Estado da Paraíba.
ASSUNTO(S)
ehrlichia babesia hepatozoon cães nordeste do brasil
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